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Professores protestam contra redução salarial em Monsenhor Hipólito

Dezenas de pessoas manifestaram contra a redução salarial e a exclusão de ascensão de classe

[ad#336×280]Na tarde da última quarta-feira, 19, professores da rede municipal de ensino da cidade de Monsenhor Hipólito realizaram uma manifestação pública contra a redução salarial da categoria. Durante o protesto, alunos, pais de alunos, educadores e a população hipolitana percorreram as principais ruas da cidade gritando palavras de ordem.

A manifestação que transcorreu de maneira pacífica, é devido a uma ação impetrada pelo prefeito Francisco Anísio de Sousa (Timá – PMDB) que tramita na Vara de Francisco Santos, prevendo a redução salarial e a exclusão de ascensão de classe dos professores. O fato, é que esta situação tem revoltado os servidores do município que alegam adotar medidas legais caso a citação seja a favor do gestor.

Alunos também participaram do protesto munidos de faixas e cartazes

Para a professora e conselheira do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e de Valorização dos Profissionais da Educação– FUNDEB em Monsenhor Hipólito, Lidiane Bezerra a manifestação é um momento para expressar a situação de indignação dos profissionais.

“É uma forma de demonstrar nossa insatisfação de algo que estava sendo feito obscuramente, e que nós tomamos o conhecimento da real situação. Um processo que está em andamento pedindo a nulidade de um ato administrativo no nosso plano de carreira, que prevê o remanejamento dos professores para uma classe inferior a que ocupa atualmente”, a professora ainda acrescenta “então com essa redução pra que nós estudamos?, nos qualificamos?, e essa progressão salarial conquistada em cima dos nossos esforços será perdida”.

Lidiane Alencar Bezerra, professora e conselheira do FUNDEB

A ação caso se confirme vem a reduzir em 30% o salário de mais de 60 profissionais que compõem o quadro de professores do município.

A professora, Marisete Bezerra, que já leciona há 16 anos no município ressalta que toda esta situação tem trazido reflexos negativos na vida pessoal e profissional dos professores. “Se esta redução salarial realmente se confirmar, existem professores que serão mais atingidos do que outros, pois é a única renda obtida para a sobrevivência. Mas o que se está em questão não é o impacto maior ou menor e sim o desrespeito para com nós professores. Um direito que foi conquistado e isto causa revolta”, disse a professora.

Professora Marisete Bezerra

Prefeito comenta o caso

O prefeito Francisco Anísio de Sousa (Timá – PMDB) falou com a nossa reportagem sobre o caso. Segundo ele, a sua intenção não é prejudicar os professores, mas tem buscado agir conforme a lei, e buscando o melhor para a educação hipolitana.

Prefeito Francisco Anísio de Moura comenta o processo judicial

“Quando eu assumi a gestão já existia um planos de cargos e salários, e que foi terminado de ser implantado totalmente no fim da gestão anterior. Então ao assumir já havia tudo isto implantado, mas agora chegou a um ponto que não tenho como pagar. Fiz um levantamento e enviei para a justiça para uma análise, estou aguardando a citação”, afirmou o prefeito.

Sobre a falta de conversação com os professores, ele disse ter sentado em gabinete com 10 professores que formam o Conselho informando a real situação, mas confirma não ter mantido contato com toda a classe que beira mais de 70 profissionais. O mesmo ressaltou ainda que após uma decisão da justiça sentará com os professores na busca de se adequar da melhor maneira possível para a Educação.

O outro lado

O secretário municipal de Educação, Luíz Antônio da Silva Gomes Vidalgo, disse que o que está ocorrendo é uma confusão de informações. Mas que a decisão do remanejamento de professores continua mantida.

Luíz Antônio Vidalgo, secretário municipal de Educação

“A ação que o prefeito fez é uma maneira de adequar ao Plano de Carreira. Posso até dizer por opinião própria que o que existiu foi praticamente uma “fraude de concurso”, pois os professores de classe A fizeram concurso para a classe A, e estão ganhando conforme a classe B. Fizemos uma adequação, e remanejamos todos os profissionais para a classe A”, enfatizou o secretário.

O secretário de Educação ainda negou que houve a contratação de novos profissionais contratados para assumir os cargos. Segundo ele, no momento existe uma carência de professores para ocupar as vagas.

 

 

 

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