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Reabilitação melhora qualidade de vida de portadores de síndrome de Down

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A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

No dia 21 de março, é comemorado em todo o mundo o Dia da Síndrome de Down. A data faz alusão aos três cromossomos no par de número 21, característico das pessoas portadoras da síndrome e tem o objetivo de chamar atenção para a luta dos familiares e amigos pela efetivação dos direitos e da inclusão dos portadores de Down na sociedade.

Erica Letícia, de dois anos e onze meses, realiza a reabilitação multidisciplinar antes mesmo do seu primeiro ano de vida. (Foto autorizada pela família)- Foto: Ascom

Os motivos para a ocorrência da mutação genética ainda são desconhecidos, mas o que sabe é que começa na gestação, quando as células do embrião são formadas de 47 cromossomos, ao invés de 46. 

As crianças portadoras da síndrome necessitam de estímulo precoce e tempo de desenvolvimento. O tratamento físico e intelectual pode proporcionar a melhoria na qualidade de vida e dar a elas mais capacidade para enfrentar os obstáculos e desafios do dia a dia.

A Associação Piauiense de Atenção e Assistência em Saúde (APAAS) oferece reabilitação gratuita aos portadores da síndrome, com vários profissionais aptos a realizar essa reabilitação como fisioterapeutas, psicólogos, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, educadores e a própria família. Como expressou a terapeuta ocupacional, Luciana Martins.

“A síndrome vem acompanhada de algumas características físicas e os portadores possuem algumas limitações. Essas pessoas precisam de estímulos desde os primeiros meses de vida, quanto mais cedo se inicie o tratamento, mais rápido irá ser constatado o desenvolvimento. Antes essas crianças não frequentavam as escolas por receio e superproteção dos pais, a inclusão vem favorecer o sentido de garantir o desenvolvimento das mesmas, dentro de suas limitações. A família precisa acreditar no potencial do portador de Down e investir, ela é parte fundamental do desenvolvimento”, disse Luciana.

Terapia ocupacional

A terapia ocupacional trabalha com a estimulação precoce desde os primeiros meses de vida das crianças portadoras da síndrome.

“Realizamos a estimulação sensorial. Trabalhamos o brincar, o sentar e todos os demais aspectos de atraso cognitivo existentes no paciente. Em caso de crianças maiores iremos estimular a parte cognitiva através de jogos e atividades corporais”, disse Luciana.

A terapia também trabalha as atividades da vida diária, em que o paciente possui dificuldades, ensinando algumas atividades que ele não aprendeu sozinho.

Fonoaudiologia

Os portadores da síndrome possuem limitações na comunicação, onde o fonoaudiólogo atua na parte da linguagem.

“A síndrome não é uma doença, é uma condição de vida. O que achamos mais importante na reabilitação é o diagnóstico precoce que pode ser feito desde o quinto mês de gestação, através da ultrassonografia morfológica. Geralmente essas crianças apresentam uma alteração miofuncional e orofacial. Trabalhamos a motricidade facial com o alongamento de língua, lábio, bochecha e palato”, disse o fonoaudiólogo Jansen Anderson.

Fisioterapeuta

Uma das principais características da síndrome no âmbito da fisioterapia é a hipotonia muscular, onde os bebês nascem com o corpo mole sendo comum o afrouxamento dos ligamentos das articulações.

“Ajudamos no processo de desenvolvimento da criança em todos os aspectos. É importante começar o tratamento o mais cedo possível algumas das manobras que realizamos diz respeito a mudança de decúbito, exercícios respiratórios, balanço, entre outras ações”, disse a fisioterapeuta Mariana Leopoldo.

No caso de pacientes adultos ou crianças maiores o objetivo do tratamento é diferente, uma vez que eles já possuem equilibro de tronco e já andam. Nesse caso a reabilitação estimula o tônus muscular e a resistência cardiopulmonar.

A APAAS fica localizada na Rua Francisco da Costa Araújo, Centro, Picos. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (89) 3422-2179.

Ascom 

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