Reajuste da energia: diretor diz que Eletrobras é uma empresa pobre
[ad#336×280]A partir de amanhã, o consumidor brasileiro de energia elétrica já sentirá o efeito do reajuste de quase 25% aplicado pela Eletrobras. Em coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje (27), na sede piauiense da empresa, o assistente da diretoria, José Anselmo, declarou que o reajuste será gradual e que foi necessário porque a Eletrobras “é uma empresa pobre”.
Segundo Anselmo, o reajuste foi concedido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mesmo que o cálculo inicial da Eletrobras tenha gerado uma necessidade de reajuste de 34%. Ele afirmou que o percentual médio de 29%, sendo de 24% para os consumidores residenciais, será o suficiente para melhorar o fornecimento de energia para os piauienses. Anselmo disse que os problemas de fornecimento de energia hoje são somente pontuais.
“Nós reconhecemos que a empresa tem problemas pontuais em algumas áreas de sua concessão, mas eles vêm sendo atacadas de forma direta e permanente. Temos que destacar que a empresa realizou investimentos extraordinários. O reajuste foi concedido com base nos custos de compra de energia e conforme determina a legislação”, declarou.
Anselmo lembrou o déficit de R$ 120 milhões sofrido pela Eletrobras em 2013, devido aos desvios de energia. Esse valor, segundo ele, corresponde a 20% do faturamento total da empresa, o que compromete os investimentos. “Pedimos que o consumidor tenha compreensão, porque estamos trabalhando para o bem. Nós somos uma empresa pobre, não somos ricos. Nosso investimento é gerado pela receita do pagamento dos consumidores e pelos financiamentos. Mas é importante lembrar que poderia ser melhor se não tivéssemos perdas tão elevadas recorrentes de desvios de energia. Um percentual de 20% de perdas é muito grande. É complicado manter a qualidade assim”, disse.
O assistente informou que o valor do reajuste será destinado para cobrir o aumento também dos custos de energia comprada. Segundo ele, as fontes de energia brasileiras são primordialmente hidráulicas e estão interligadas. Em São Paulo, este ano, o baixo índice de chuvas gerou a necessidade de racionamento de água e, também, aumento no custo da energia elétrica gerada hidraulicamente.
Repórter: Maria Romero – Jornal O DIA