Os professores da rede municipal de ensino de Picos aderiram à Greve Nacional dos Professores, iniciada nesta quarta-feira (14) em diversas cidades de todo o país.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm), Glauber Silva, não há dúvida de que a luta maior é pelo pagamento do novo piso. Mas, de acordo com ele, existem também outros motivos que levaram os profissionais da educação a participarem da manifestação nacional em Picos.
Entre as principais queixas estão o não sancionamento da Lei municipal que trata da Reformulação do Estatuto e Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Servidores da Educação, cujas alterações foram realizadas em agosto 2011, e cobrança do piso da educação segundo a CNTE, que é de R$ 1.937,26, e dos valores retroativos do piso nacional de 2010, 2011 e 2012.
O presidente também fez denúncias e afirma que profissionais estão sendo contratados de forma ilegal nas escolas do município. Glauber cobra a convocação imediata de professores aprovados em concurso público.
A greve iniciada na manhã de ontem está prevista para durar até esta sexta-feira (16). Nesse espaço de tempo os profissionais da categoria participam de atividades organizadas pelo comando de greve. Na pauta de hoje um fórum de Formação dos Direitos Trabalhistas, com profissionais do Sindserm de Teresina e de Picos, além de membros do SINTE, CNTE, CUT e outros sindicatos da região está sendo realizado no auditório da Escola Normal Oficial de Picos – ENOP.
Para fechar o movimento o Sindserm prepara uma manifestação conjunta entre os professores municipais e estaduais – também em greve desde o último dia 27 de fevereiro – pelas principais ruas do Centro de Picos.
Glauber afirmou que espera que os professores que aderiram ao movimento não sofram punições, mas destacou que a assessoria jurídica do Sindserm está preparada para tomar todas as medidas necessárias caso isso aconteça. “Eles não estão em falta no serviço. Eles estão em serviço, numa manifestação justa”, finalizou.