Sinpolpi denuncia a precária estrutura da Delegacia e Central de Flagrantes de Picos
O Sindicato dos Policiais Civis denunciam a precária estrutura da Delegacia Regional e a Central de Flagrantes do município de Picos. Segundo o diretor regional do Sinpolpi, Joel Joaquim dos Santos, a delegacia virou um grande depósito de veículos e motocicletas sucateadas mesmo com o local passando por uma reforma avaliada em R$ 98 mil reais.
Ele citou ainda que o único sofá está danificado, uma barra de ferro serve de suporte para algemar os presos e as tábuas dos corrimãos estão soltas na Delegacia. Sem estrutura adequada para receber presos, os detentos estão sendo enviados para o município de Sussuapara.
“Aqui não se oferece condições para um trabalho adequado. Os presos estavam sendo levados para uma casa velha porque a Delegacia só existia no papel”, lamentou Joel em entrevista ao Notícia da Manhã desta quarta-feira (24).
O delegado regional de Picos, Divanilson Sena, comentou que os presos pernoitavam na delegacia, sendo transferidos logo pela manhã para a penitenciária.
A Procuradoria do Trabalho ingressou com uma ação civil pública contra o Estado no ano passado, exigindo medidas emergências na melhoria da estrutura física dos espaços. Algumas pessoas defendem a interdição imediata do prédio onde está instalada a Delegacia.
“A gente acredita que a interdição como medida extrema não é interessante para a própria sociedade porque de um lado muitas pessoas ficariam sem um local de trabalho já que existe uma movimentação muito grande naquela delegacia”, comentou a procuradora do Trabalho, Paloma Torres.
Central de Flagrantes
Com relação a Central de Flagrantes, o sindicato informou que o espaço está interditado há três anos e passa por uma reforma avaliada em R$460 mil que, até o momento, não foi concluída. A medida é um acordo entre Governo do Estado, Ministério Público do Trabalho e Procuradoria do Trabalho. O prazo de 60 dias não está sendo obedecido uma vez que a obra está parada em quatro meses sem previsão de retorno. O prazo pode resultar em multa. De acordo com a procuradora do Trabalho, Paloma Torres, o Estado tem consciência que a multa diária está sendo contabilizada.
FONTE: Cidade Verde