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Soldado usa redes sociais para se defender e diz que pintor tentou assaltar posto de combustível

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O policial do 5º BPM Eriberto Pereira, que participou da ocorrência da qual saiu baleado o pintor Gustavo de Oliveira Silva, de 22 anos, tem divulgado em grupos de WhatsApp verdadeiros ataques aos jornalistas e, em sua defesa, afirmou que Gustavo teria tentado assaltar o posto de gasolina onde começou toda confusão.

“Houve reação por parte do vigilante e ele [Gustavo Silva] arrancou com o carro, indo a quebrar uma bomba de combustível. Segundo repassado, o indivíduo havia tentado roubar um posto de gasolina na Homero. No acompanhamento, ele apontou uma arma para viatura, foi quando houve a reação e o consequente revide. Na hora, todos os procedimentos médicos foram dados a ele. Comuniquei de imediato ao coordenador do Copom e ao CPU do 5º BPM. Inclusive, fui pessoalmente ao QCG, logo após deixá-lo no HUT”, afirmou Eriberto nas mensagens que estão circulando pelo aplicativo Whatsapp.

O caso aconteceu nos primeiros minutos do dia 20 de dezembro de 2017 e estava em sigilo até a manhã desta quarta-feira (03/01
O caso aconteceu nos primeiros minutos do dia 20 de dezembro de 2017 e estava em sigilo até a manhã desta quarta-feira (03/01

Quanto aos tiros, o policial destaca que não houve disparo quando o veículo estava parado. “Isso ocorreu durante o acompanhamento, quando o mesmo apontou uma arma de brinquedo na direção da viatura, enquanto fazia o contorno do balão do São Cristóvão. Na hora, pelo fato de ter tirado uma mão do volante, ele até quase perde o controle do carro”, disse.

Eriberto Pereira nega que a arma teria sido colocada na cena do crime e afirma que o objeto era de brinquedo.“Ele diz que a arma foi plantada sendo que algumas pessoas estavam lá na hora da abordagem e viram quando eu encontrei a arma de brinquedo dentro do carro dele. Infelizmente, eu não peguei nenhuma qualificação porque me preocupei mais foi com a integridade do abordado”, ressaltou o policial relatando ainda que a informação dando conta de que os policiais estavam encapuzados é “coisa totalmente descabida”.

O policial ainda disparou que a “reportagem está totalmente equivocada e distorcida”. E completou afirmando ainda que o jornalista falou “um monte de m* infundada”.

Entenda o caso

Três soldados do 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí, situado na zona leste de Teresina, balearam o pintor Gustavo de Oliveira Silva, de 22 anos. Casado, Gustavo é pai de um menino de um ano e seis meses.

O caso aconteceu nos primeiros minutos do dia 20 de dezembro de 2017 e estava em sigilo até a manhã desta quarta-feira (03/01), quando a reportagem do Portal AZ descobriu um inquérito instaurado pelo delegado Ademar Canabrava, do 12º DP, para apurar o caso.

Os soldados Eriberto Pereira, José Ribamar Olimpio Neto e Alisson Francisco Silva Sampaio teriam usado o mesmo método praticado contra a família de Emile Caetano: atirado depois que o pintor Gustavo parou o seu carro.

Arma de brinquedo plantada

A arma de brinquedo teria sido plantada no carro do pintor. Pelo menos foi o que já descobriu o delegado Ademar Canabrava. Um frentista que foi ouvido na Central de Flagrantes teria mentido a pedido dos PMs. Depois, em depoimento prestado no 12º DP, o mesmo frentista disse que Gustavo estava desarmado e que não tinha tentado assaltar o posto, como alegaram na Central de Flagrantes.

Fonte: PortalAZ

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