[ad#336×280]Em visita a região de Picos na tarde e noite desta quinta-feira(16), o deputado federal e pré-candidato ao governo do Estado Marcelo Castro (PMDB) falou com exclusividade ao portal Riachãonet da conjuntura política formada em torno de sua pré-candidatura à sucessão do governador Wilson Martins com 17 partidos alinhados para a composição rumo as eleições de outubro deste ano. Ele ainda falou sobre os discursos que os dissocia da base da presidente Dilma e de Luna afirmando que é mais da base de Lula e Dilma do que aqueles que reverberam ser, pois o acompanha desde o início de sua carreira política. Ainda ressaltou o deputado, que o vice-presidente é de seu partido PMDB e indagou: como não sou da base do candidato de meu partido? Marcelo Castro se reuniu com o ex-prefeito Gil em Picos, com Baiá em Campo Grande do Piauí e visitou o município de Padre Marcos, por ocasião dos festejos daquele município.
RIACHÃONET: Deputado essas visitas ao interior do Estado já é anúncio oficial de sua pré-candidatura ao governo do Estado?
MARCELO CASTRO: A nossa pré-candidatura ao Governo do Estado foi lançada quarta-feira da semana passada, e o que eu posso dizer é que teve uma repercussão, principalmente no interior do Estado, uma repercussão extraordinária. Foi super bem recebida, a minha candidatura e minha chapa. Porque você imagina eu sair como pré-candidato a governador, o Sílvio Mendes, um dos políticos mais respeitados, mais acreditado, de maior credibilidade no interior do Estado do Piauí, que já foi prefeito de Teresina por duas vezes, pré-candidato a governador e aceitar ser o nosso vice. Então, um dos motivos que ele aceitou é porque me conhece há mais de quarenta anos, e sabe que em mim ele confia. Ele sabe que sou uma pessoa do bem, de responsabilidade, uma pessoa bem intencionada que tem espírito público e que vai trabalhar para desenvolver nosso Estado e melhorar a condição de vida do nosso povo. E como pré-candidato ao senado nós temos Wilson Martins, que foi um dos melhores governadores, talvez o melhor governador que nós já tivemos, realizando obras para todos os rincões do Estado do Piauí. Então é uma chapa competitiva, uma chapa forte, uma chapa para ganhar a eleição. Se vai ganhar? O povo, é quem vai decidir, então nós estamos na mão do povo, e o povo vai decidir a nossa sorte. Do lado adversário nós temos o senador Welington Dias associado ao senador do PTB, João Vicente Claudino e ao senador Ciro Nogueira do PP. Na conjuntura deles o senador Ciro Nogueira deve indicar o vice, e o senador João Vicente Claudino ir para a reeleição de senador. Então o povo vai escolher.
RIACHÃONET: Como foi recebida sua candidatura pela base que elegeu o governador Wilson Martins em 2010?
MARCELO CASTRO: Foi recebida de uma maneira surpreendente para mim, porque eu sabia que eu era uma pessoa respeitada e querida no Estado do Piauí pelas lideranças políticas que votam em mim e as que não votam, mas eu não esperava tanto. Sinceramente uma coisa que tem me sensibilizado são as informações que chegam de todas as regiões do Estado do Piauí, de todas as cidades comunicando “Marcelo aqui na cidade são seis grupos políticos, cinco grupos estão com você, só tem o PT que naturalmente irá votar no seu candidato”. E assim as informações são todas deste tipo, os dois lados, os três lados.
RIACHÃONET: Em alguns municípios houve disputa bastante estremecida como a exemplo da cidade de Picos e de outras mais. Como fica a situação nesses municípios?
MARCELO CASTRO: Passando por Picos, onde teve uma disputa recentíssima do grupo do Kléber Eulálio com o grupo do Gil Paraibano. Então muitas pessoas vão receber isto com uma certa incredulidade, mas ambos estão apoiando a minha candidatura. Hoje estive em longo período de conversa, que é meu grande amigo, por duas vezes já votou em mim para deputado federal, eu sou admirador dele, e ele é admirador meu, uma amizade fraterna, um relacionamento sadio. E ele disse pra mim “Deputado Marcelo Castro eu vou votar no senhor é com as duas mãos”. Então isto, me conforta muito, estou com 63 anos de idade, 32 anos de vida pública e graças a Deus nestes 32 anos de vida pública eu não fiz nada que tenha que me envergonhar, só construí amigos, só construí uma história de respeito, de trabalho, de serviços bons, prestados ao Estado do Piauí, e isto foi o que fez de mim pré-candidato a governador do Estado. Eu não era o mais popular, não estava numa posição estratégica, quem estava era o Zé Filho, vice governador, mas o meu nome foi o que teve maior aceitação, maior penetração entre todos os partidos da base do Governador Wilson Martins. Então, o meu nome foi o denominador comum de todas estas forças políticas, e graças a Deus o povo está compreendendo que esta é uma chapa formada por pessoas de bem por pessoas que tem espírito público, pessoas acostumadas a trabalhar. Desde os 16 anos que trabalho para me sustentar, o Sílvio Mendes a mesma coisa, o Wilson Martins a mesma coisa. Somos três médicos, três funcionários liberais, servidores públicos e somos pessoas que temos serviço e trabalho prestado ao povo do Piauí. Acredito que na maioria esmagadora do Piauí. A exemplo de Piripiri onde as duas forças maiores já estão declaradas apoio a nossa chapa, e Piracuruca onde há duas chapas de oposição votarão conosco, e isto ocorrem em centenas de cidades. Bom, isto é tudo, não, isto não é tudo, isso é um começo, é uma força da minha candidatura, é uma força política da nossa chapa, mas nós temos que transformar tudo isto em voto. Então temos que passar o nosso passado que é de ética, por nossas propostas, e as pessoas votam em quem elas confiam.
RIACHÃONET: Deputado como o senhor recebeu a crítica da presidente do PT no Piauí de que a chapa da base é grupo de elite tradicional?
MARCELO CASTRO: (Risos)… a Regina é uma boa pessoa, é uma pessoa do bem, muito trabalhadora que ralou também a vida inteira, que chegou onde chegou com muito trabalho e muito estorço. Mas ela está no papel de botar vantagem no candidato dela…(risos) e botar desvantagem no candidato adversário. Mas ela sabe como todo o piauiense sabe que uma pessoa que trabalha pra estudar, que é funcionário público, que é professor universitário ele jamais pode ser chamado de elite, ele pode ser tudo, mas um trabalhador jamais pode ser chamado de elite. Elite pode ser chamado as pessoas que são ricas, que nascem em berço de ouro, que descendem das famílias nobres de barões. Eu venho do interior do Piauí (São Raimundo Nonato), o Sílvio Mendes vem do interior do Piauí (Simplício Mendes), o Wilson Martins vem do interior do Piauí, da cidade de Santa Cruz que antes era um povoado. Se eu for elite a Regina também é, e nem eu nem ela somos elite, somos pessoas trabalhadoras.
RIACHÃONET: Deputado, o senador Ciro Nogueira(PP) acredita que a conjuntura posta de base não se manterá, após o govenador Wilson sair do cargo e o vice Zé Filho assumir o governo?
MARCELO CASTRO- (Risos)… isto é na vontade dele. O Ciro é nosso adversário, meu, do Zé Filho e do PMDB, então ele está fazendo isto porque ele quer o bem do Zé Filho? Não. Ele quer o bem dele, ele quer derrotar o Zé Filho, ele quer derrotar o Marcelo Castro e o PMDB. Mas o Ciro é um grande senador, é uma pessoa que tenho um bom relacionamento com ele, mas eleição é voto, ele vai ter que mostrar que o candidato dele merece ganhar no Piauí. Nós vamos lutar e mostrar ao povo o que nós fizemos e o que estamos propondo para o Estado.
RIACHÃONET: Os seus adversários têm sustentado que o palanque da presidente Dilma, do ex-presidente Lula é o palanque deles. Que avaliação o senhor faz dessa afirmação?
MARCELO CASTRO- Eles não estão sendo corretos quando dizem isto, eles não estão sendo honestos quando dizem isto. Eu posso falar que sou do palanque do Lula desde quando ele não era nada, não sou do lado do Lula depois que se tornou presidente da República não. Eu votei no Lula na eleição de 2002, todo o PMDB e para Welington Dias ao governado do Estado do Piauí. Nós não somos lulistas de ocasião, somos lulistas por convicção, é o homem que tem a história mais bela deste país e não foi um presidente qualquer, foi o melhor presidente que este país já teve. O Welington é da base da presidente e eu também, eles tem a presidente e eu tenho o vice-presidente, Michel Temer. Osmar Júnior PCdoB é da base da presidente e está nos apoiando, Flávio Nogueira (PDT) é da base da presidente Dilma e também está nos apoiando aqui no Piauí, o Fábio Xavier é do PR e está nos apoiando, Júlio César PSD, Hugo Napoleão PSD também nos apoiam. Então se você pegar e somar os partidos que estão do lado de lá, e os partidos que estão do lado de cá que votam na presidente Dilma, nós temos o dobro do número de partidos que votam na Dilma do que eles. O nosso é mais palanque da Dilma do que o deles. No entanto, este arranjo político que nós fizemos é pelo Piauí, é para fazer o bem e trazer melhorias para o nosso Estado, essa união de 17 partidos hoje que me apoiam para governador é uma junção para o Piauí. Mas todos são livres para votar no candidato de sua vinculação, cada partido que faz parte desta composição tem o livre voto para o candidato a presidente.
RIACHÃONET: Em uma reunião na casa do governador Wilson Martins com a presença de 38 aliados de diversas regiões do Estado foi apresentado uma estimativa ou perspectiva de eleição para deputados estaduais e federais. Qual a expectativa diante do cenário apresentado?
MARCELO CASTRO- Existem pessoas do nosso grupo que acreditam que faremos 22 deputados estaduais e 8 deputados federais. Eu é que acho que o número mais razoável seriam 7 deputados federais e 20 a 21 deputados estaduais. Mas isto há nove meses, no entanto na política ocorrem imprevistos e você não sabe o que vai acontecer.
