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Temer libera R$ 730 milhões para seca e Piauí fica de fora

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Nesta quarta-feira (20), o presidente interino Michel Temer (PMDB) se reuniu com o deputado federal Danilo Forte (PSB-CE). A reunião foi para tratar sobre recursos do Governo Federal para o combate a seca nos estados do Nordeste.

O encontro com o deputado cearense se deu após um debate sobre a situação da seca com o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana (PT).

Seca castiga a região de Picos
Seca castiga a região de Picos

BANNER_TERRENOIS_SUSSUAPARA (1)Temer prometeu ao parlamentar atenção especial a situação dos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. O Piauí, mesmo recentemente tendo decretado estado de emergência em 117 de seus municípios, ficou fora da lista de prioridade do interino.

À Danilo Forte, Temer revelou que, através de uma Medida Provisória (MP), pretende liberar R$ 730 milhões para a região Nordeste. A MP deverá ser apresentada ao Tribunal de Contas da União (TCU).

O governador Wellington Dias (PT) encaminhou ao Ministério da Integração Nacional, diretamente ao ministro Hélder Barbalho, uma relação com os 117 municípios que estão em estado de emergência ou calamidade, pedindo ajuda extraordinária para manter o abastecimento de água e alimentos para as famílias residentes nessas cidades.

Seca
Seca

No entanto, os recursos liberados extraordinariamente, vão atender apenas quatro estados do Nordeste. Os decretos de emergência dos municípios piauienses já foram publicado no Diário Oficial, esperando ainda o reconhecimento por parte do Governo Federal.

Após esse reconhecimento, esses municípios podem solicitar apoio para as ações de socorro, assistência e restabelecimento de serviços essenciais, como reforço nas operações de abastecimento. Segundo o secretário de Política Agrícola da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Piauí (FETAG-PI), Paulo Carvalho, a seca já compromete de Norte a Sul do Estado. “Poucos são os municípios que não passam pelo problema, a situação atual enfrentada no Piauí é terrível. Posso dizer que, hoje, cerca de 80% da agricultura familiar, em que a produção é para própria subsistência, estão comprometidas”.

Paulo Carvalho revela que falta água até para consumo humano. Os agricultores enfrentam ainda a alta do preço do milho e do feijão. “Os preços dos produtos estão aumentando consideravelmente. O saco de feijão com 60kg está custando de 450 a 500 reais , e o milho está no valor de 70 reais, do saco também com 60kg”.

De acordo com o secretário, as barragens do Piauí estão secando. “Para se ter ideia, a barragem de Pio IX está completamente seca. O que necessitamos é de políticas públicas, e infelizmente, isso não está na nossa alçada. O que podemos fazer é cobrar das autoridades competentes e mobilizar os trabalhadores rurais piauienses”, disse.

Capital Teresina e Diário do Povo

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