O piauiense Fernando Menezes, 68 anos, tio da judoca e campeã olímpica brasileira Sarah Menezes, assistia a cerimônia de posse de Lula (PT) em casa, no município de Altos (a 41 km de Teresina), quando um relato do presidente provocou o que considera a “maior emoção” da sua vida.
Na tarde de domingo (1º), Lula quebrou protocolos ao assinar o termo de posse, na Câmara Federal, e mostrou uma caneta, dizendo que ganhou de um piauiense em 1989, quando caminhava no Centro de Teresina após um evento de campanha presidencial. Foi Fernando que presenteou o político e pediu que ele usasse o objeto em uma possível posse naquele ano.
“Vivi a maior emoção da minha vida. A emoção foi tão grande que eu parei e me deitei, fiquei na cama sem palavras, sem conseguir me mexer. Eu pensei ‘meu Deus, depois de tantos anos’, é história, a história do PT, que é muito bonita. Ali, o ato do presidente não foi para homenagear o cidadão Fernando Menezes, foi para homenagear o povo do Piauí, a gratidão do Lula com o povo”, relatou Fernando Menezes.
O aposentado disse que deseja que a fala do atual presidente seja vista como uma homenagem aos piauienses e também como símbolo do compromisso com o estado.
“Eu vou cobrar o presidente para que ele use aquela caneta para trazer o que é bom para o Piauí. Vou cobrar para a gente acabar com a maldita fome, não ter ninguém morando em praça, termos escolas em tempo integral, universidades e capacitar o povo piauiense para o futuro, é isso que eu quero”, falou.
Caneta histórica
Enquanto assinava o documento que oficializou sua chegada ao cargo, Lula contou a trajetória da histórica caneta.
“Eu estava fazendo um comício no Piauí. Foi um grande comício. Depois, nós fomos caminhando até a Igreja São Benedito. Após terminar o comício, um cidadão me deu essa caneta e disse que essa caneta era para eu assinar a posse se eu ganhasse as eleições de 89. Eu não ganhei as eleições de 89. Eu não ganhei em 94. Eu não ganhei em 98. Em 2002, eu ganhei as eleições e, quando eu cheguei aqui, eu tinha esquecido a minha caneta e assinei com a caneta do senador Ramez Tebet, pai da senadora Simone Tebet”, contou o presidente.
Ele disse que, em seu segundo mandato como presidente, também esqueceu a caneta, mas a encontrou para a posse em 2023. “Em 2006, eu assinei com a caneta do Senado. Agora, eu encontrei a caneta. E essa caneta aqui, Wellington (Dias), é uma homenagem ao povo do Estado do Piauí”, afirmou o presidente da República.
Do Meio Norte
