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TJ dá liminar mandando que 70% dos professores voltem para a sala de aula

Reunidos por mais de quatro horas na Secretaria Estadual de Educação - Seduc - na tarde desta quinta-feira (3), representantes do Governo do Estado, sindicalistas e Ministério Público fizeram uma revisão na folha de pagamento e planilhas de custos do órgão para elaborar uma nova proposta de reajuste salarial para os professores. Os valores não foram definidos, mas o resultado dessa análise será apresentado ao governador Wilson Martins (PSB). A decisão final com o percentual de aumento, para o fim da greve que dura mais de dois emses, deve sair somente na segunda-feira. Participaram da reunião os secretários de Educação, Átila Lira, e Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, além do crontrolador-geral do Estado, Antônio Filho, a promotora Leida Diniz e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - Sinte-PI - e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. Ao longo da tarde, foi avaliada a revisão no reajuste. Os dados devem ser revistos e estudados novamente durante o fim de semana para consolidação da proposta. Pela manhã, em encontro no Palácio de Karnak, o governador Wilson Martins (PSB) apresentou proposta para que todos os recursos federais extras que chegarem do Fundo de Educação Básica - Fundeb - sejam repassados diretamente para o reajuste dos professores. O mesmo grupo que participou da reunião da Seduc deve acompanhar a liberação dos recursos a cada mês. A categoria cobra aumento linear de 22% para todas as classes, mas o Estado alega estar no limite do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O impacto na folha seria de R$ 19 milhões. O governador Wilson Martins tem viagem programada para municípios do Norte do Estado nesta sexta-feira, começando por Barras. Ele aguarda a consolidação da nova proposta por parte da comissão de gestores e sindicalistas que, chegando a um acordo, terão o reajuste salarial confirmado. Da Redação redacao@cidadeverde.com

Greve dos professores da rede estadual de Picos Foto : Maria Moura

O desembargador Francisco Antônio Paes Landim, do Tribunal de Justiça do Piauí determinou através de uma liminar na tarde desta terça-feira (02) que 70% dos professores retornem no prazo de 48 horas as suas atividades. Além disso, determinou que a categoria, em greve há 17 dias, não poderá ocupar qualquer prédio público. Se a liminar não for cumprida, uma multa será dada no valor de R$ 100 mil por dia. Apesar da decisão, a greve continua pois não foi declarada ilegal.

TJ determinou retorno ao trabalho (Foto: Tribunal de Justiça)

Segundo o Procurador Geral do Estado, Plínio Clerton, a liminar também proíbe ação de grevistas para impedir o acesso às escola e às salas de aulas dos professores que pretendem trabalhar. “Qualquer descumprimento a uma dessas ações determinadas pela liminar, vai pagar multa no valor de R$ 100 mil em desfavor do suscitado”, disse.

Na liminar, o desembargador marcou nova audiência para solução consensual do conflito para o dia 14 de março, às 10h30, a ser realizada no Plenário desta Corte, devendo ser expedido mandado de intimação pessoal para as partes, para o chefe do Ministério Público Estadual (Procurador Geral de Justiça) e, pela importância do fato, para o Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Piauí, como representante da sociedade civil.

Professores em greve não recebem aumento
O Governo do Estado do Piauí concedeu um reajuste de 11,36% apenas para os professores que estiverem trabalhando, além disso, o governador afirmou que irá cortar o ponto dos grevistas a partir desta quarta-feira (02).

Para a presidente do Sinte, Odeni Silva, essas medidas são inconstitucionais e preconceituosas. “O governo não pode pagar uma parte da categoria. Primeiro porque é inconstitucional e é uma forma de discriminação por parte do governo. Então, o governo está fazendo isso como forma de pressionar a categoria quando deveria na verdade fazer uma negociação pelo cumprimento da lei federal que é a lei do piso e do reajuste dos funcionários”, declarou.

G1 PI

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