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Trecho da Transnordestina no PI está com obra parada há cinco meses

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As obras da ferrovia Transnordestina que envolve o trecho entre Eliseu Martins e Paes Landim, no Sul do Piauí, estão paradas há cinco meses. Os trabalhos foram suspensos em outubro de 2015 quando houve rescisão de contrato com a construtora após atraso no pagamento de operários. Cerca de um mil trabalhadores, ou seja, metade do pessoal demitido, ainda permanecem sem trabalho.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas e Obras de Terraplanagem no Piauí (SintePav), apenas uma parte dos operários conseguiu vínculo com outras construtoras. Segundo a entidade, houve uma queda significativa nas contratações devido à crise econômica nacional.

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“Há muita obra pública parada porque os repasses do governo federal e estadual estão atrasados. São poucas as obras que estão andando no estado e isso acontece apenas com aquelas que contam com investimentos privados. Os trabalhadores estão na expectativa para a retomada dessa obra”, destacou.

Em novembro do ano passado, a Justiça chegou a determinar o bloqueio de R$ 1,44 milhão da empreiteira responsável pela obra para garantir o pagamento dos trabalhadores.

De acordo com o governo federal, o projeto da  Transnordestina prevê 2.304 quilômetros de ferrovia, beneficiando 81 municípios – 19 no Piauí, 28 no Ceará e 34 em Pernambuco. São 424 km de ferrovia passando pelo Piauí.

Procurada pelo G1, a Transnordestina Logística S/A (TLSA) informou que está em fase de substituição de construtora para poder retomar os trabalhos no trecho citado pela reportagem, que tem 166 km de extensão. A empresa também informou que o lote 7, de 65 km, na cidade de Simões, foi concluído e os lotes 4, 5 e 6 entre Paes Landim e Simões (193 km) estão em andamento.

Segundo a Transnordestina Logística, a obra envolve no momento cerca de quatro mil trabalhadores e 1,5 mil equipamentos de grande porte.

A obra da Ferrovia Transnordetina começou em junho de 2006, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e deveria ter ficado pronta quatro anos depois, ao final do mandato.

Trabalhadores da Transnordestina pararam devido à falta de pagamento (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

Trabalhadores da Transnordestina pararam devido à falta de pagamento (Foto: Catarina Costa/G1 PI)

A previsão era entregar a ferrovia concluída em setembro de 2016, com seis anos de atraso em relação ao prazo inicial e cinco anos além do previsto no cronograma do balanço quadrimestral do PAC 2, divulgado ainda em outubro de 2013.

Com a nova paralisação, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Estradas e Obras de Terraplanagem no Piauí (SintePav), afirma que é a quarta vez que a obra para em menos de dois anos e que isso irá comprometer novamente o prazo de entrega.

Conforme o projeto, a Transnordestina terá capacidade para transportar 30 milhões de toneladas anuais, com destaque para granéis sólidos (minério e grãos). Ao promover a integração, essa ferrovia se consolida como um elo fundamental para dinamizar a economia do Nordeste, pois impulsiona a produção agrícola e mineral da região, aproxima o Nordeste dos principais mercados mundiais e torna o Brasil mais competitivo na exportação.

Fonte: G1 PI

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