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Wilsão manda cortar ponto de professores grevistas no Piauí

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Governador Wilson Martins.
Projeto que pede aumento do salário do governador foi encaminhado a Alepi. Foto: cidadever

O governador Wilson Martins determinou que o ponto dos professores em greve no Governo do Estado seja cortado, já que o movimento foi decretado ilegal. O secretário de Educação, Átila Lira, determinou um levantamento do número de professores substitutos que podem substituir os professores que insistem em manter a greve. O Sinte-PI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí) afirmou que ser houver descontos, não haverá nenhuma reposição de aulas. Ontem, durante evento em São Raimundo Nonato, o governador afirmou que vai descontar os dias dos professores que não trabalham. “Se pararem 30 dias, os contracheques sairão zerados”, disse Wilson Martins.

A presidente do Sinte-PI, professora Odeni de Jesus Silva, afirmou que a categoria não vai refluir da greve e não vai se intimidar com o que classificou de ameaças do Governo. Ela assegurou que se for descontado um centavo de professor, a categoria não vai repor nenhuma aula para os alunos, “e a responsabilidade disso será do Governo do Estado”. O comando de greve afirmou que vai manter o movimento, mesmo que tenha que pagar multa. Mas ainda não houve notificação da decisão do desembargador Sebastião Ribeiro Martins de ilegalidade da greve, anunciada na semana passada. “Ele decidiu entre o direito dos estudantes às aulas e o direito dos professores de receberem o piso, mas não observou que a lei obriga o Governo a pagar a lei do piso da categoria. Ele não observou isso. É uma crítica construtiva que fazemos ao desembargador”, comentou Odeni Silva.

Odeni Silva frisou que a categoria não vai suspender a greve e está buscando a Assembleia Legislativa para intermediar uma negociação com o Governo do Estado, mas advertiu que se cortarem o ponto dos professores não terá reposição de aula nenhuma. Ela disse também que não acredita em substituição de professores. “Isso o Governo está usando para intimidar a categoria. Mas essas ameaças não levam a nada. O Governo agora quer jogar a responsabilidade disso para a Assembleia Legislativa. Estamos tentando manter um canal de negociação com o Governo”, adiantou.

“Nós desafiamos o Governo a fazer isso, cortar o ponto e colocar substitutos no lugar de professores efetivos. Toda greve, o Governo ameaça fazer isso. Não vamos encerrar greve com ameaças”, acrescentou a presidente do sindicato.

Ela lembrou que a classe sempre cumpriu o compromisso de repor as aulas. “Se ameaçar, não vamos repor as aulas e a responsabilidade é do Governo. Toda greve há negociação para fazer a reposição das aulas. Essas são artimanhas do Governo, que se utiliza de autoridade para fazer isso. Mas não vamos recuar”, assegurou Odeni Silva, dizendo que os professores estão dispostos a repor todas as aulas, acrescentando mais uma hora por dia de aula, ou mais um dia por semana, até no domingo.

Fonte: 180graus

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