CASO ISAAC: Justiça realiza audiência de instrução e julgamento
[ad#336×280]Após mais de uma hora de atraso, foi realizada na manhã desta quinta-feira, a audiência de instrução e julgamento do acusado, Martin Borges da Silva, 39 anos, principal suspeito de ter assassinado o garoto Isaac José Luz de Sousa, de apenas 8 anos. O crime ocorreu em março deste ano, no bairro Pedrinhas, em Picos, e chocou a população.A audiência acontece no Fórum Municipal Helvídio Nunes de Barros sendo presidida pela Juíza da 5ª Vara da Comarca de Picos, Nilcimar Rodrigues de Araújo Carvalho. Serão ouvidas, portanto, quatro testemunhas arroladas pela acusação, dentre elas os pais da vítima e o acusado. Outras duas testemunhas prestarão depoimento em Teresina numa data ainda indefinida.
Durante a audiência, os familiares da Isaac que vestiam camisetas e portavam cartazes clamando por justiça ainda se mostravam muito comovidos, especialmente sua mãe, Francisca Maria Luz, que muito emocionada não conseguiu conceder entrevista à imprensa.
Testemunhas ouvidas
Até o momento em que esta matéria estava sendo escrita duas testemunhas já haviam sido ouvidas, o perito Josinaldo Barros Cortez, médico responsável pela realização da perícia. Tempos depois foi ouvida a mãe da vítima, Francisca Maria Luz. Até o final da tarde de hoje mais duas testemunhas deveriam ser ouvidas.
O assistente de acusação e advogado da família, Maycon Luz, ressaltou que a expectativa é que a partir do resultado desta audiência, Martin Borges da Silva seja encaminhado ao Tribunal Popular do Júri, sendo portanto, entendida a tese que ele assassinou o garoto Isaac de forma intencional.
A advogada de defesa de Martin Borges da Silva, Marilene Vera, explica que o acusado está respondendo pelo homicídio com dolo eventual. “Consta nos autos que ele não teve a intenção de cometer o assassinato, mas que em tese ele assumiu isto. Na perícia que feita foi comprovado que a bala antes de acertar a vítima havia ainda atingido outro objeto, demonstrando que ele estava com a espingarda para o chão e que não havia risco de realizar nenhum tipo de ato”, declarou a advogada.