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Agentes penitenciários de Picos paralisam atividades

Manifestação dos servidores filiados ao Sinpoljuspi - Foto: Reprodução

Os agentes penitenciários de todo o Estado do Piauí paralisaram suas atividades no início desta quarta-feira. O motivo é a insatisfação com o descumprimento de pautas acordadas com o governo em conversações anteriores e alterações propostas no Estatuto dos Servidores Penitenciários.

As reivindicações incluem a superlotação dos presídios, precariedade das condições de trabalho, carência de agentes penitenciários, viaturas quebradas, falta de armamentos, munições, extintores de incêndios, rádios HTs, algemas e retorno de obras paradas.

A paralisação é de advertência e durará apenas até esta quinta-feira, mas uma greve geral da categoria pode sem deflagrada a partir do dia 27 de março, segundo um dos dirigentes do Sinpoljuspi que pediu para não ser identificado.

A Penitenciária José de Deus Barros, em Picos, conta com apenas 25 agentes. “A defasagem é tão grande que chega a ficarem apenas três agentes por turno para cobrir uma população de mais de 300 presos”, conta o dirigente.

Durante o período os profissionais da categoria estão cobrindo apenas serviços essenciais, como banho de sol, alimentação, atendimentos médicos de urgência e dando cumprimento a alvarás de soltura. A condução de detentos a audiências, atendimentos de advogados, visitas de familiares e visitas íntimas foram suspensos.

Como na Penitenciária José de Deus Barros as visitas são realizadas apenas nas sextas, sábados e domingos, essa última medida não afeta os presidiários da região de Picos.

O presídio de Picos também não conta com detector de metais, armamentos e monitoramento eletrônico – realizado a partir de câmeras de segurança. Uma vistoria de rotina realizada na última segunda feira encontrou drogas e armas nas celas dos detentos. Segundos os agentes, o acesso a esses materiais ocorre em razão da falta de estrutura para realização de uma fiscalização mais rígida.


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