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Água furtada da adutora de Poço do Marruá prejudica Simões e cidades vizinhas

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A prática de furto de água das adutoras que abastecem a castigada região do semiárido piauiense é corriqueira e os efeitos dessa prática seguem prejudicando uma população cada vez maior.

Na região de Picos existem dois grandes reservatórios que através de dutos (adutoras) abastecem cidades da região – Poço do Marruá em Patos do Piauí e Piaus, em São Julião.

Em Simões, uma das cidades que comumente é castiga pela estiagem, sofre atualmente com o desabastecimento de água por conta da falta de planejamento dos gestores a nível estadual e municipal. O açude Salgadinha, um dos reservatório que ajudavam a abastecer a cidade secou completamente a cerca de 20 dias. Isso seria uma tragédia enorme pois não se vive sem água, mas ao lado, um grande reservatório de água poderia abastecê-la, assim como acontece com as cidades de Curral Novo, Patos, Jacobina e o povoado Ingazeira, zona rural de Caridade do Piauí, beneficiadas pela barragem de Poço do Marruá.

Fiscalização encontra "gastos" na adutora
Fiscalização encontra “gatos” na adutora

Mas no trajeto entre a adutora e a casa do consumidor existe algo chamado comumente de GATO. Sim, um apelido para furto de água.

Durante recente fiscalização feita pela AGESPISA, 31 ligações clandestinas foram descobertas na adutora de Poço do Marruá. A pressão da água diminui muito por conta da grande quantidade de desvios flagrados ao longo das tubulações, prejudicando o consumidor final que fica sem acesso ao líquido precioso e essencial.

Os casos são recorrentes. Quando há uma fiscalização como ocorreu agora, onde somente em uma propriedade havia uma caixa d’água com capacidade de 10 mil litros, que servia para consumo do local e também para criação de cerca de 170 animais entre bovinos e ovinos.

Esse tipo de situação causa impacto direto no fornecimento do abastecimento de água da cidade de Simões e as demais do entorno abastecidas por Poço do Marruá. Segundo a Agespisa, esses pontos de desvio de água foram lacrados e os responsáveis multados.

Mas enquanto não houver uma punição exemplar, onde os responsáveis possam responder na justiça e até mesmo serem presos, os furtos voltarão a se repetir, como é costume na região.

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