Após chuvas, Defesa Civil de Picos monitora áreas de risco e socorre famílias afetadas
A Prefeitura de Picos por intermédio das Secretarias Municipais de Defesa Civil e Assistência Social, têm unido esforços para atender moradores prejudicados pela força da águas.
As fortes chuvas que caíram em Picos nas últimas semanas têm causado transtornos para muitas famílias. São vários bairros afetados pelos efeitos do período chuvoso, sobretudo nas áreas de risco, espalhadas pelo município picoense.
Nesse sentido, a Prefeitura de Picos por intermédio das Secretarias Municipais de Defesa Civil e Assistência Social, têm unido esforços para atender moradores prejudicados pela força das águas. Os referidos órgãos atuam de forma conjunta e sistematizada, recolhendo informações cadastrais das famílias atingidas, assim como intensificando visitas técnicas aos locais de risco.
Em face do volume de chuvas registrado entre os dias de ontem, 21, e na madrugada de hoje, 22, equipes da Defesa Civil realizaram vistorias nas áreas mais afetadas pelo efeito das chuvas, as chamadas áreas de risco. As ações visam assistir moradores desses locais, os quais estejam desabrigados ou mesmo aqueles que tiveram suas casas invadidas pelas águas e quem perdeu tudo.
O Prefeito Gil Paraibano está acompanhando os trabalhos realizados pela Defesa Civil: “Determinamos que a Defesa Civil não meça esforços para fazer o levantamento de todas as famílias afetadas pelas chuvas para tomarmos as providências necessárias para socorrer de imediato a quem precisa”.
João Araújo, Secretário de Defesa Civil, explica os procedimentos adotados: “Estamos fazendo essas vistorias em todas as regiões de áreas de risco. Nas chuvas anteriores, tivemos algumas galerias rompidas no bairro Paroquial. Retiramos algumas famílias do local. A chuva de ontem veio mais forte e causou maiores danos aos moradores. São 15 famílias que estamos retirando do lugar (Paroquial), para evitar dano maior”, explica o gestor.
Após as fortes chuvas registradas nas últimas semanas em Picos, pelo menos cinco bairros foram castigados pela força das águas. bairros como Paroquial, São José, Parque de Exposição, Canto da Várzea e Boa Vista. Nesses locais, casas foram invadidas pela lama, entulho e outras correm risco de desabar.
As vistorias encampadas pela Secretaria Municipal de Defesa Civil são compostas por engenheiros, pedreiros e o próprio secretário da pasta. Segundo o engenheiro civil Pedro Gustavo, após as visitas, os trabalhos de recuperação e reconstrução dos locais destruídos pela força das águas ocorrerão após estiagem das chuvas.
“A situação aqui é realmente de risco. Quando cessar as chuvas, retornaremos a esses locais, faremos nova vistoria, projetos e começaremos os reparos”, assegura.
Aluguel Social
As famílias afetadas serão encaminhas para locais seguros. A Prefeitura de Picos está cadastrando os moradores prejudicados pelas águas e liberando e os cadastrando no Aluguel Social.
A dona de casa Maria Creusa da Silva, moradora da Rua Bahia I, bairro Paroquial, é uma das pessoas que estão com a casa ameaçada pela força das águas. Na madrugada de hoje, a doméstica acordou com o barulho de uma pedra que desceu da ribanceira, parando no seu quintal.
Durante a vistoria da Secretaria de Defesa Civil na manhã de hoje, a dona de casa fez o seu cadastro no aluguel social, oferecido pela Prefeitura de Picos, e será realocada para lugar seguro, já que a sua residência está ameaçada pela pedra que despencou da ribanceira na manhã de hoje.
“É perigoso desabar o morro a qualquer hora. A Defesa Civil e a Assistência Social estão me atendendo. Já fui cadastrada e agora vou procurar uma casa, um lugar mais seguro”, relata.
Na mesma situação, a também dona de casa Ana Carolina, moradora da mesma Rua Bahia I, explica que o medo de morar em área de risco é constante. Ela relata que, a exemplo da sua vizinha Maria Creusa, uma pedra desceu morro abaixo e destruiu quase tudo em seu quintal.
“O medo de ficar aqui é muito grande. O trabalho da prefeitura é muito importante nesse momento, pois pode salvar a vida de muitas pessoas, porque a gente mora em área de risco e não sabe quando vai cair uma pedra ou não. Vou procurar um lugar seguro”, comenta.
Decreto de Emergência Pública
Diante de toda essa situação, o Procurador Geral do Município, advogado Antônio José de Carvalho Júnior, explicou que existe um procedimento para que se possa chegar a decretar estado de emergência pública. Ele está atento e já recolhendo evidências caso seja necessário providenciar o decreto: “A prefeitura de Picos, através da Defesa Civil, está mapeando as áreas de risco, documentando toda essa situação através de fotos, para que possamos analisar a necessidade de decretação do Estado de Emergência, e, de já, socorrendo as famílias que tiveram suas casas afetadas, realizando seus cadastros para disponibilizar o aluguel social para que elas possam ser transferidas para locais seguros”,.
A Defesa Civil segue monitorando as áreas de risco e pede a todos que puderem, que deixem esses locais procurando segurança em casa de parentes e amigos, sempre atentos aos alertas meteorológicos sobre fortes chuvas que ainda estão sendo aguardadas em Picos.
Fonte: CCOM – PMP