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Após soltura de supostos envolvidos na morte de Artur, família pede que justiça seja feita em manifestação nesta quinta (29)

Familiares e amigos realizarão, nesta quinta-feira (29), uma manifestação em frente à Delegacia Regional pedindo que a justiça seja feita com a prisão dos envolvidos no homicídio.

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Familiares e amigos do jovem Artur da Silva Batista, 27 anos, assassinado com três facadas na madrugada do último domingo (25), no meio de uma briga no bairro Papelão, realizarão, na manhã desta quinta-feira (29), a partir das 08h00, uma manifestação reivindicando justiça após os suspeitos de envolvimento no crime terem sido soltos pelo delegado que estava de plantão na Delegacia Regional de Picos.

A soltura dos suspeitos causou revolta na família e na comunidade em geral, que expuseram a indignação em vários status e stories nas redes sociais WhatsApp e Instagram, respectivamente.

O Portal RiachãoNet conversou com a mãe do jovem Artur, Luzia da Silva Batista, que contou como o crime aconteceu. Ela declarou que viu o filho morrer em seus braços e não pôde fazer nada.

“Ele foi na casa de um compadre dele pôr o celular para carregar e voltou para o bar. Depois falou: ‘Mãe, compra aí uma cerveja para a gente beber, que quando terminarmos ela, a gente vai embora’. Aí já tinha uma confusão do lado de fora do bar onde a gente estava. Quando entrei no banheiro que voltei, uma pessoa mandou que eu corresse, pois meu filho estava indo para o Papelão brigar com outro. Quando corri, ainda consegui pegar ele pela camisa. A gente vinha embora correndo e eu brigando com ele, pois não era parente e nem nada de ninguém. Aí quando o cara disse: ‘Que nada, covarde. Tu não vai embora’, vi que ele entrou na casa dele e já vinha com uma faca. Aí gritei: ‘Corre Artur, meu filho!’. Aí vi o ‘negão’ (sic*) com a faca”, contou em detalhes.

Dona Luzia disse que no momento em que o filho começou a correr, escorregou em um esgoto e caiu, com isso, o suspeito o alcançou e efetuou as facadas.

“Quando ele começou a correr, ele escorregou e caiu. Quando o homem vinha com a faca ainda tentei pegar a faca. Ainda me cortei na primeira furada. E ele deu mais duas. Entrei no meio mesmo, mas não consegui salvar meu filho. Ainda ‘arrodeei’ e peguei ele pelo cabelo e ele saiu correndo atrás de mim, mas uma mulher me puxou para dentro da casa dela e disse que lá ele não entrava. Iam ser duas mortes, a minha e a de meu filho”, disse.

A mãe do jovem Artur lamenta o ocorrido, pois seu filho, segundo ela, sempre foi um jovem direito, somente se meteu em uma briga que não era sua. Destacou ainda que o colega do filho fugiu sem prestar socorro.

“Meu filho não tinha nada a ver com a briga, e o cara da briga correu, fugiu e deixou ele sozinho. A pessoa da briga era só colega de jogo no Papelão. Ele [Artur] estava na mesa bebendo e a pessoa disse: ‘Vamos ali, Artur, resolver um negócio’. O outro não queria ir só, porque era três contra um. Meu filho não tinha passagem pela polícia, não tinha brigas. Era um filho bom, carinhoso. Ele [o assassino] tirou um pedaço de mim”, lamentou.

Questionada sobre como a família recebeu a notícia da soltura dos envolvidos, ela disse que se fosse o filho dela a ter cometido o crime, estaria preso. E que, por isso, exige que a justiça seja feita.

“Foi péssimo receber a notícia [da soltura]. Se fosse o contrário e meu filho tivesse matado um deles, meu filho estaria preso. E ele não [assassino], estão todos soltos aí [três envolvidos]. Eu quero justiça. Fazer sangue com minhas próprias mãos ou meus filhos, não vamos. Vamos entregar nas mãos de Deus e nas mãos da polícia para resolver isso aí. Só peço que vá atrás deles para prender. Quero justiça. Meu coração está partido, choro dia e noite”, falou.

 A comadre de Artur, Francisca Darline, declarou que é injustificável a liberdade dos suspeitos do homicídio que vitimou seu amigo, por isso, familiares e amigos decidiram realizar a manifestação, na expectativa de que a justiça seja feita e os envolvidos sejam presos.

Veja entrevista completa da mãe do jovem Artur:

“Procuramos a delegacia, mas não souberam explicar o porquê de terem soltado os envolvidos. Mas queremos justiça. Isso não pode ficar assim. Amanhã pediremos justiça. Hoje ele fez com um de nós, amanhã pode ser com outro. Aí vai ser sempre assim? Chega na delegacia, foi solto uma vez e vai querer ser solto de novo. O sentimento de impotência é muito grande. Não desejamos para ninguém o que estamos passando”, frisou.

A manifestação será realizada a partir das 07h00, com concentração na residência em que Artur morava e, em seguida, familiares e amigos se deslocarão para a Delegacia Regional, onde cobrarão celeridade no processo e prisão dos suspeitos de terem envolvimento no assassinato de Artur Batista.

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