Familiares e amigos de Artur realizam manifestação em busca da prisão de suspeitos; veja vídeos e fotos
Artur foi morto na madrugada do último domingo (25), em uma briga no bairro Papelão.
Familiares e amigos do jovem Artur Batista, 27 anos, assassinado no último domingo (25), realizaram, na manhã desta quinta-feira (29) uma manifestação cobrando das autoridades policiais que seja feita justiça para o caso, após a soltura dos envolvidos no homicídio.
A concentração iniciou às 07h00, em frente à residência dos pais de Artur, com quem ele morava, e seguiu por ruas do Centro da cidade, em direção à Delegacia Regional de Polícia Civil de Picos.
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Após soltura de supostos envolvidos na morte de Artur, família pede que justiça seja feita em manifestação nesta quinta (29)
Veja entrevista exclusiva com a mãe de Artur da Silva Batista:
Em todo o percurso, os manifestantes bradavam a frase “Justiça por Artur”. Ao chegarem à Delegacia, o grupo foi recebido pelo delegado regional, Rodrigo Morais, e demais agentes da instituição. Ele recebeu uma comitiva para uma conversa pacífica.
Inconformada, família pede justiça
O Portal RiachãoNet conversou com alguns manifestantes. Augusto Pereira Batista, irmão de Artur, disse que o sentimento é de revolta. “Meu irmão não mexia com ninguém. Era trabalhador e respeitoso. Dizem que não tem prova, mas o cara estava cheio de sangue. Para que uma prova maior que essa? ”, questionou.
Maria Medianeira de Lima, amiga da família da vítima, relatou que no momento do crime o criminoso tentou matar também a mãe de Artur. “Eu coloquei ela (mãe do Artur) para dentro de casa porque ele (o suspeito do crime) queria bater nela. Ele continuou insistindo e gritou ‘matei seu filho e mato’. Isso não é justo, a mãe ver o filho assassinado e o assassino ainda querer matar ela. Queremos justiça! ”, protestou.
Maria José, que também é amiga da família, lembrou que os suspeitos foram presos em flagrante e questionou. “Qual a prova melhor que os três assassinos serem presos em flagrante? ”, indagou, acrescentando que o caso não teve justiça e que existem provas contra os suspeitos.
Veja depoimento de Hilma Batista, tia de Artur, que procurou a Polícia, fez Boletim de Ocorrência, mas que depois soube que o B.O. não foi feito. Jeneilton Batista, primo da vítima, apela para que a justiça seja feita.
Em entrevista à imprensa, o delegado regional Rodrigo Morais esclareceu que os suspeitos foram soltos pelo delegado plantonista no dia da prisão. O caso foi repassado à Corregedoria para que esta investigue a conduta do delegado plantonista.
“Ele interpretou no momento que não era uma situação de flagrante. Não cabe a mim julgá-lo, uma vez que tem serviços prestados para toda sociedade, mas o nosso papel, enquanto delegado regional, é comunicar à corregedoria da Polícia Civil, que está apurando a conduta do delegado. Se o delegado apurou em harmonia com a lei, em harmonia com os precedentes jurisprudenciais, isso quem vai dizer é a corregedoria. Se o delegado atuou de forma destoante do que manda a lei e do que manda os entendimentos doutrinários, quem vai dizer é corregedoria”, explicou.
Investigações seguem em andamento
O delegado responsável pela Delegacia de Homicídio, Tráfico e Latrocínio (DHTL), Agenor Ferreira Lima Jr., destacou que a Polícia Civil está em diligência diuturnamente para que o inquérito seja concluído o mais breve possível de forma satisfatória. “A gente tem realizado muitas diligências. Algumas testemunhas já prestaram depoimentos e estamos satisfeitos, até o momento, com o andamento do inquérito policial”, disse.
O delegado informou ainda que o crime ocorreu após uma confusão em um bar. “Em decorrência dessa desavença o suspeito já portava uma faca e a gente acredita que ele já estava com o objetivo de promover uma prática criminosa”, pontuou.
Resposta do Delegado Plantonista
A equipe do Portal RiachãoNet tentou contato com o delegado Aureliano, plantonista no último final de semana, para maiores esclarecimentos sobre a soltura do suspeito de praticar o homicídio contra Artur Batista, e este não quis se pronunciar e pediu que a imprensa buscasse uma nota junto à assessoria da Polícia Civil.
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