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Caravana do G1 passa por Picos e “brinca” com curiosidades da cidade

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Termômetro registra 40 graus de manhã em Picos

A temperatura de Picos (PI) assusta até quem mora na região. Imagine nós, que viemos de São Paulo, a conhecida terra da garoa. Desde que chegamos aqui, o termômetro da cidade, instalado na rotatória de entrada para Picos, registrou temperaturas variando entre 35 graus e 40 graus.

Isso mesmo! Ontem e hoje de manhã o termômetro cravou 40 graus. O recorde recente foi de 41 graus, registrado em setembro. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a umidade relativa do ar nesta sexta-feira (8) é de aproximadamente 25%.

É praticamente impossível permanecer por muito tempo ao ar livre, pois a sensação térmica é mais alta do que aponta o termômetro. A pele arde, o ar falta, o cansaço, o banzo e a leseira tomam conta do corpo com naturalidade.

Termômetro da rotatório do bairro Bomba em Picos - Foto; G1
Termômetro da rotatório do bairro Bomba em Picos – Foto; G1

A situação fica ainda mais difícil no almoço. É quando a moleza atinge mais força. A umidade relativa do ar é baixa, tendo em vista que não chove na cidade há alguns meses. O período chamado aqui de inverno, que é quando há registro de chuvas, ocorre nos primeiros meses do ano. Nós tivemos a “sorte” de chegar a Picos na época mais quente do ano.

Aqui faz tanto calor que até a água da torneira sai quente. Banho frio é morno, pois a água nunca fica fria. Nas casas, os moradores usam ar-condicionado junto com ventilador.

‘Pimp my moto’: motocicletas são estilizadas em Picos

Motociclistas de Picos (PI) usam da criatividade para driblar o calor na cidade
Motociclistas de Picos (PI) usam da criatividade para driblar o calor na cidade – Foto: G1

Motociclistas de Picos (PI) usam da criatividade para driblar o calor na cidade, que tem média de 40 graus. Com o objetivo de evitar que os assentos esquentem demais, eles decoram a motocicleta com estofados de frufru e tecidos que são mais comuns de serem visto em sofás do que em motos. Apesar do gosto duvidoso, eles dizem que a clientela gosta por causa do conforto.

A ‘Voz do Povo’ anuncia morte de repórter em Picos

Edvaldo Gonçalves Leal, conhecido como "A Voz do Povo" - Foto: G1
Edvaldo Gonçalves Leal, conhecido como “A Voz do Povo” – Foto: G1

Uma das curiosidades que encontramos em Picos (PI) são os carros de som, que estão espalhados por toda a cidade fazendo anúncios comerciais. Motoristas e locutores usam o microfone até mesmo para cumprimentar amigos durante o trajeto de divulgação.

Mas o que dá mais resultado e audiência são as notas fúnebres. Isso mesmo! Em Picos, se alguém morre e a morte não é anunciada no carro de som, ninguém vai ao velório. E a resposta dos ouvintes é imediata. Para testar a eficácia, resolvi testar o serviço e pedir para o locutor mais antigo da cidade, Edvaldo Gonçalves Leal, conhecido como “A Voz do Povo”, fazer a minha nota fúnebre. Ele é o mais requisitado para fazer esse tipo de mensagem.

“A Voz do Povo” circulou por duas quadras anunciando que eu tinha morrido. Não demorou cinco minutos para o resultado aparecer. Os moradores começaram a sair nas janelas e um deles desceu do apartamento, intrigado, e foi perguntar para Edvaldo quem era Glauco Araújo e se ele o conhecia. Ficou contrariado quando soube que ninguém havia morrido e que se tratava de uma reportagem. Vivinho da Silva, fui até o morador, me apresentei e expliquei que estava vivo. Ele voltou para casa não muito contente, acho que preferia que eu tivesse morrido mesmo. Deveria estar pensando que “com essas coisas não se brinca”.

Confesso que foi estranho ouvir minha própria morte ser anunciada em alto e bom som pelas ruas de uma cidade e ainda com a mensagem dos meus familiares convidando para o velório. Quem precisa do serviço da Voz do Povo desembolsa R$ 40 por hora de nota fúnebre. Normalmente, isso é feito por uma manhã inteira: de cinco a seis horas de serviço.

Há 22 anos fazendo isso na cidade, Edvaldo Gonçalves Leal disse que inclui no pacote o anúncio da missa de sétimo dia. A audiência é tão certa que até outros locutores abaixam o volume do carro para ouvir a nota fúnebre sendo divulgada por um colega.

Mas eu queria aproveitar para avisar mais uma vez que eu continuo vivo! Viu, gente? E a expedição Caminhos do Brasil continua.

Fonte: G1

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