Comissão diz que há defasagem em números de violência contra a mulher no PI

A relatora do texto, deputada Rosane Ferreira (PV-PR), informou que nos estados visitados a situação era considerada menos grave. No entanto, para espanto dos deputados, foram detectados problemas tão graves quanto nos outros estados investigados pela CPMI.

A subcomissão foi a seis estados da federação que não foram visitados pela CPMI: Mato Grosso, Piauí, Tocantins, Rondônia, Amapá e São Paulo.

Segundo Ferreira, os índices de violência nesses estados estão deturpados pela falta de notificação das agressões contra mulheres. E há ainda a falta total de estrutura por parte do Estado para atendimento à mulher.

“Há uma unanimidade da falta de delegacias de atendimento à mulher, da falta de serviços de saúde que atendam à mulher vítima de violência. Há falta de sensibilização e de capacitação de profissionais para colher e atender e fazer os encaminhamentos necessários”, ressaltou a deputada.

O relatório da subcomissão faz 50 recomendações específicas para os gestores estaduais, e a Comissão de Seguridade Social destinou R$ 200 milhões no Orçamento de 2014 com o objetivo de capacitar profissionais que atendam as vítimas de violência no Sistema Único de Saúde (SUS).