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Comoção e protesto marcam o sepultamento do garoto Eduardo no PI

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Após ser velado por poucas horas na Igreja São Francisco, no bairro Vermelhão em Corrente, o corpo de Eduardo de Jesus foi levado para o Cemitério Municipal Jardim da Saudade, onde foi sepultado por volta de 17h. O garoto de 10 anos morreu após ser alvejado na cabeça durante um confronto entre policiais e bandidos no Complexo do Alemão, na zona Norte do Rio de Janeiro.

A família do garoto chegou na noite de ontem em Teresina e por volta de 7h da manhã de hoje seguiu viagem para a cidade no sul do Piauí em dois aviões fretados pelo governo do Estado.

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Segundo a reportagem de O Globo, a família foi recepcionada por moradores do município, e por um pequeno grupo de estudantes de uma escola municipal, que seguravam cartazes pedindo justiça pela morte do garoto.

Por determinação do governador Luiz Fernando Pezão, do Rio de Janeiro, as despesas com o traslado e o sepultamento do corpo do menino Eduardo, assim como a viagem dos pais, serão arcadas pelo governo.

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Em entrevista concedida à imprensa no aeroporto de Teresina, a mãe do garoto falou que foi ameaçada pelos policiais.

“Eu estava dentro de casa e ouvi aquele estouro, então, sai correndo. Quando cheguei fora vi meu filho caído e os policiais juntos. Eu então disse ao policial que ele havia matado meu filho e ele disse que assim como mata o filho, mata a mãe.Eu o agredi e ele apontou o fuzil para mim. Foi aí que os outros policiais o tiraram de perto de mim. Eu e minha família fomos ameaçados”, falou emocionada dona Teresinha.

OS PROTESTOS
Sobre a onda de protestos contra a polícia no Rio de Janeiro e a favor de sua família, ela disse que é preciso que as pessoas falem mais, pois sempre que acontecesse estes crimes bárbaros as pessoas botassem a boca no mundo, eles poderiam diminuir.

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A família afirma reconhecer o policial que deu o tiro em Eduardo. O pai disse que volta no Rio parta resolver as coisas, mas não deve demorar lá. “Estamos muito abalados, meu filho nunca teve envolvimento com drogas. O Rio está muito violento, as pessoas têm medo de denunciar as más ações da PM”, disse José Maria.

‘MEU FILHO NÃO ERA BANDIDO’
José Francisco também comentou sobre os boatos de que seu filho havia sido confundido com um bandido e que estaria com uma arma na mão. “Meu filho era um amor de pessoa, muito ligado à família. Tudo o que falaram foi mentira e não admito isso. Tudo o que falaram vão ter que pagar. Quem é muito despreparada é a polícia de lá, que sempre anda com armamento pesado”, disse.

FONTE: O Globo

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