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Deputada Rejane Dias divulga nota em resposta ao Grupo GGLOS de Picos

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Deputada Rejane Dias(PT) - Foto: Carlson Pessoa
Deputada Rejane Dias(PT) - Foto: Carlson Pessoa

A deputada estadual Rejane Dias (PT) divulgou nota de desagravo, reagindo aos ataques a ela e à filha, portadora de deficiência, atribuídos ao Grupo Guaribas de Livre Orientação Sexual – GGLOS, Movimento GLBT de Picos, que teria divulgado documento responsabilizando a ela e ao pastor Gessivaldo Isaías (PRB) pela tentativa de barrar um projeto de lei de autoria do deputado Fábio Novo, do PT, alterando a Constituição Estadual.

“Hoje eu recebi um golpe muito mais forte do que eu esperava. Sob o pretexto de defender os direitos das pessoas homossexuais, atingiram minha filha. A chamaram de aberração. Isto, para mim, é o limite”, reclama Rejane Dias no documento.

Jovanna Baby (de óculos ), do Grupo Guaaribas de Picos (Foto: Arquivo pessoal)
Jovanna Baby (de óculos ), do Grupo Guaaribas de Picos (Foto: Arquivo pessoal)

A deputada foi acusada pelos integrantes do Grupo Guaribas de adotar “atitude intolerante, fundamentalista e homofóbica. “A companheira do partido o qual somos fundadores o PT, a deputada Rejane Dias, e o deputado Gessivaldo, na surdina, idealizaram a retirada da PEC III – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, orientação sexual e identidade de gênero quaisquer outras formas de descriminação, agiram na surdina veladamente achando que assim poderia ser a Prefeita de Teresina com nossos votos também”, escreveu Jovanna Baby, de Picos.

“Nunca agredi verbalmente qualquer pessoa que tenha orientação sexual diferente da que defendo devido as minhas convicções religiosas. Ao contrário, repudio aqueles que agridem física e moralmente os homossexuais, tratando-os como cidadãos de outra categoria. Todos nós merecemos respeito. Portanto não sou e nunca fui homofóbica”, .

A íntegra da nota de Rejane Dias:

Em defesa de minha filha.

Hoje é um dia triste para mim. Mas serei sucinta e breve. Venho me defender de acusações publicadas neste bem conceituado portal de internet (por uma pessoa sem ligação ao veículo) que atingiram duramente a mim e minha filha.

Ingressei na vida pública para tentar realizar ações que beneficiassem grupos de cidadãos que não exerciam seus direitos com plenitude, como o de ir e vir e dar a eles a possibilidade de um tratamento digno.

Como deputada, tenho a oportunidade de ampliar meu trabalho para outros segmentos e a sociedade como um todo.

Mas, sabia que na política, mesmo que você tente fazer a coisa certa, muitos interesses são contrariados – que em benefício de uns, outros podem se sentir prejudicados e terem o justo direito de reivindicar.

O maior equívoco nestes casos é transformar reivindicações em ofensas e agressões, utilizadas de maneira desumana. Eu estava preparada para enfrentar os contra-argumentos da política, as palavras contraditórias e até para corrigir informações inverídicas que fossem levadas à imprensa.

Mas hoje eu recebi um golpe muito mais forte do que eu esperava. Sob o pretexto de defender os direitos das pessoas homossexuais, atingiram minha filha. A chamaram de aberração. Isto, para mim, é o limite.

Nunca agredi verbalmente qualquer pessoa que tenha orientação sexual diferente da que defendo devido as minhas convicções religiosas. Ao contrário, repudio aqueles que agridem física e moralmente os homossexuais, tratando-os como cidadãos de outra categoria. Todos nós merecemos respeito. Portanto não sou e nunca fui homofóbica.

Mas, se estamos em uma democracia, eu tenho o direito de ter minha opinião respeitada desde que eu não agrida meu próximo, coisa que nunca fiz. Agora, uma pessoa sob o pretexto de defender uma causa agrediu covardemente minha filha. É o golpe mais forte que qualquer pai e mãe possa receber. Principalmente sob uma pessoa na condição de minha filha.

Quero reforçar, contudo, que não vou fraquejar diante deste fato. Tenho minha convicção cristã e, em defesa dela e de minha filha, manifesto meu profundo repúdio a tal atitude.

Quero dizer ainda que minhas convicções em Deus e à sua palavra não irão mudar e gostaria que elas fossem respeitadas da mesma forma que respeito qualquer opinião contrária a minha.

O que relatei agora é apenas uma parte das hostilidades que constam na mensagem enviada por esta pessoa ,que ainda me acusou de ter barrado projeto que tramita na Assembléia. É conveniente esclarecer que não tenho poderes para isso, muito menos, a atitude de agir às escondidas, conforme fui acusada.

Lamento muito por trazer estes fatos a vocês. Mas como pessoa pública e pela honra de minha filha esta resposta se fez necessária.

Deputada estadual, Rejane Dias”

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