Educação

Docentes da Uespi pedem 118% de reajuste até 2015

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[ad#336×280]Os professores da Universidade Estadual do Piauí correm o risco de, novamente, terem suas reivindicações frustradas pelo Governo do Estado durante a campanha salarial deste ano.

Nesta terça-feira, dia 23, em reunião com três representantes da categoria, o secretário estadual de Administração, Paulo Ivan, adiantou que dificilmente o governador Wilson Martins (PSB) aceitará a proposta apresentada pelos docentes da Uespi, que prevê um reajuste de 118% até 2015.

“De antemão o secretário disse que a proposta deve ser considerada inviável. Mas ele se comprometeu a repassá-la ao governador e, daqui a aproximadamente 15 dias, se for o caso, trazer uma contraproposta para a mesa de negociação”, informou Lina Santana, presidente da Associação dos Docentes da Uespi (ADCESP).

A assembleia geral da categoria ocorreu no dia 17 de abril. Na ocasião, os professores aprovaram uma tabela com três reajustes até 2015. O primeiro aumento seria imediato, de 40%, passando dos atuais R$ 1.124,55 para R$ 1.574,37. Em 2014 o salário inicial iria para R$ 2.046,68 e em 2015 passaria a R$ 2.456,02, totalizando 118% de aumento em três anos.

A dirigente sindical lembra que em 2012 a categoria acabou recebendo apenas 5% de reajuste, pois recusou a oferta do Estado de 40% de aumento ao longo de três anos e meio. “Fizemos a greve e, nas assembleias, os professores não aceitaram amarrar os salários por quase quatro anos. É muito complicado. Estamos com uma economia instável, a inflação subindo, e a gente fica com medo de amarrar os salários a um reajuste de 10% ao ano, quando nós podemos ter uma inflação de 15%, 20%”, pondera a docente, acrescentando que o ideal é que a contraproposta do governo seja com um prazo de até dois anos.

Ao apresentar as reivindicações ao secretário de Administração, a professora Lina Santana ressaltou que os docentes da Uespi estão entre os menos valorizados do País. “Nós fizemos um estudo de todas as instituições do Nordeste e do Norte. A nossa é a que está com o pior salário inicial”, lamenta Lina Santana.

Além do reajuste salarial, os professores querem que o governo convoque todos os aprovados em concursos, de maneira a zerar o número de professores temporários da instituição.

Atualmente a Uespi possui cerca de 800 professores efetivos e cerca de 400 temporários. A Lei Complementar nº 124/2009, que dispõe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração do Magistério Superior da Uespi, estabelece que até julho deste ano todos os professores da instituição deverão ser aprovados em concurso público. A exceção permitida será para a contratação de substitutos, em razão do afastamento de titulares.

O último concurso para professores da Uespi foi realizado há quase dois anos. Na reunião dessa terça-feira, o secretário Paulo Ivan afirmou que, se necessário, o governo prorrogará a validade do certame.

Com informações do PortalODia

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