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Governadores fazem nova investida contra piso do professor

Reunidos por mais de quatro horas na Secretaria Estadual de Educação - Seduc - na tarde desta quinta-feira (3), representantes do Governo do Estado, sindicalistas e Ministério Público fizeram uma revisão na folha de pagamento e planilhas de custos do órgão para elaborar uma nova proposta de reajuste salarial para os professores. Os valores não foram definidos, mas o resultado dessa análise será apresentado ao governador Wilson Martins (PSB). A decisão final com o percentual de aumento, para o fim da greve que dura mais de dois emses, deve sair somente na segunda-feira. Participaram da reunião os secretários de Educação, Átila Lira, e Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, além do crontrolador-geral do Estado, Antônio Filho, a promotora Leida Diniz e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - Sinte-PI - e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. Ao longo da tarde, foi avaliada a revisão no reajuste. Os dados devem ser revistos e estudados novamente durante o fim de semana para consolidação da proposta. Pela manhã, em encontro no Palácio de Karnak, o governador Wilson Martins (PSB) apresentou proposta para que todos os recursos federais extras que chegarem do Fundo de Educação Básica - Fundeb - sejam repassados diretamente para o reajuste dos professores. O mesmo grupo que participou da reunião da Seduc deve acompanhar a liberação dos recursos a cada mês. A categoria cobra aumento linear de 22% para todas as classes, mas o Estado alega estar no limite do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O impacto na folha seria de R$ 19 milhões. O governador Wilson Martins tem viagem programada para municípios do Norte do Estado nesta sexta-feira, começando por Barras. Ele aguarda a consolidação da nova proposta por parte da comissão de gestores e sindicalistas que, chegando a um acordo, terão o reajuste salarial confirmado. Da Redação redacao@cidadeverde.com

Greve dos professores da rede estadual de Picos Foto : Maria Moura

[ad#336×280]Os seis governadores que resistem ao pagamento do piso salarial do professor – entre eles o do Piauí – entraram, na terça-feira, com nova ação no Supremo Tribunal Federal. A Ação Direta de Inconstitucionalidade patrocinada por eles é contra o Artigo 5º da Lei 11.738, que trata do cálculo do reajuste do piso.

Pelas regras, o piso deve ser reajustado anualmente, a partir de janeiro, tendo como critério o crescimento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o custo-aluno. Entre 2011 e 2012, o índice do reajuste foi 22% e o valor passou de R$ 1.187 para R$ 1.451.

No Piauí, a resistência do governo a pagamento do piso do professor atrasou o início do período escolar em mais de 90 dias. Insatisfeitos, os professores entraram em greve no dia da abertura do ano letivo e só retornaram à sala de aula depois de o governo assegurar-lhes o pagamento do piso no valor fixado pelo Ministério da Educação.

O novo piso nacional dos professores deve ser reajustado em 7,97%, a partir deste mês, segundo cálculo divulgado ontem pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). De acordo com a entidade, o valor de remuneração mínima da carreira de professor público deve passar de R$ 1.451,00 para R$ 1.566,48.

Estão lutando no Supremo contra o piso do magistério os governadores dos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Piauí e Roraima. No ano passado, outra ação impetrada por esses mesmos governadores foi julgada improcedente pelo Supremo Tribunal Federal e eles não tiveram outro apelo a não ser o de pagar o piso.

Em abril de 2011, o STF considerou constitucional a definição de um piso salarial para os professores e concordou que o cálculo fosse feito em cima do salário-base. Até o ano passado, os professores da rede pública que trabalham 40 horas receberam mensalmente pelo menos R$ 1.451. Entidades ligadas à educação criticaram a decisão dos governadores.

(Com informações do portal IG)

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