O diretor do grupo cultural Adimó, Mano Chagas fala sobre projetos relacionados ao grupo que faz um trabalho na cidade de Picos de combate ao racismo e também de orientação à comunidade negra.
Mano Chagas afirma que houve um significativo avanço na discussão racial em Picos, haja vista que nos últimos cinco anos, o que se discutia sobre a questão racial em Picos era muito pequeno, não tinha uma dimensão política, nesses últimos anos o grupo já conseguiu levar a questão racial, ao corpo acadêmico e ao poder legislativo.
Atualmente a entidade está participando de uma discussão, onde almejam inserir definitivamente a lei de nº 10.639 no currículo escolar, a partir da sanção dessa lei, as instituições de ensino brasileiras passaram a ter que implementar o ensino da cultura africana, da luta do povo negro no país e de toda a história afro-brasileira nas áreas social, econômica e política na grade curricular do município.
O grupo cultural Adimó, assim como o movimento negro, defende uma bandeira, que é de trabalhar as questões das políticas públicas. Mano Chagas diz que as propostas elaboradas pelo grupo serão apresentadas a todos os candidatos da cidade de Picos, nestas eleições, ele complementa: “a gente tem uma gama de ações que vamos apresentar, tanto agora na pré-candidatura, como também para aqueles que forem eleitos, independente de quem for eleito a gente vai cobrar resultados”.
A entidade conta hoje com 32 membros efetivos, 28 voluntários e atende a cerca de 262 jovens nas oficinas desenvolvidas pelo grupo.
“A educação é o norte maior para quem quer conseguir alguma coisa na vida, então vamos bater para que a política educacional seja direcionado de fato aos excluídos sobre tudo para os negros” finaliza Mano Chagas.
