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Metade dos trabalhadores do Piauí é analfabeta

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[ad#336×280]Mais da metade dos trabalhadores do Piauí (53%) são analfabetos ou não tem o ensino fundamental completo e, pelo menos, 68% dessa parcela são homens. Os dados do Censo 2010 sobre nível de escolaridade e ocupação divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam ainda que, apesar de serem maioria nos postos de trabalho, cerca de 59%, os homens têm menor nível de escolaridade que as mulheres.

De acordo com o levantamento do IBGE, o Piauí tem 1.215.275 trabalhadores, mas apenas 9,11% desse total têm ensino superior completo, ou seja, 110.668 pessoas. Proporcionalmente, no grupo das mulheres, 13,86% têm ensino superior e no grupo dos homens apenas 10,26% atingiram esse nível de escolaridade. Na posição de empregados, as mulheres com nível su-perior correspondem a 19,47% e os homens apenas 8, 45%, uma superioridade das mulheres em torno de 230%.

Os homens dominam a maioria dos postos de trabalho, mas, quando o assunto se relaciona a ingresso através de serviço público são elas que levam vantagem. “A posição de empregado público tem dois tipos, funcionário militar e estatutário, cujo ingresso se dá por concurso público. E é a educação que explica o fato de as mulheres serem maioria”, aponta Pedro Soares, supervisor de informações do IBGE do Piauí.

O IBGE também divulgou dados em relação ao trabalho infantil. De 495.063 crianças de 10 a 17 anos, 12, 63% ou 62.402, estavam trabalhando e dessas 65% moram na zona rural. “É um grupo que não deveria estar trabalhando, mas o trabalho infantil ainda é uma realidade no Piauí”, diz Pedro Soares. Para o estatístico, essa situação atrapalha o desenvolvimento escolar e o nível de instrução da futura população adulta do Estado.

NO PAÍS – O Censo 2010 mostrou que, em dez anos, o nível de instrução das mulheres continuou mais elevado que o dos homens e elas ganharam mais espaço no mercado de trabalho. O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na semana de referência no total da população do grupo considerado) das mulheres de 10 anos ou mais de idade passou de 35,4% para 43,9% de 2000 para 2010, enquanto o dos homens foi de 61,1% para 63,3%. Na faixa etária de 25 anos ou mais, o percentual de homens com pelo menos o nível superior de graduação completo foi de 9,9%, e das mulheres, de 12,5%; percentuais que passavam para 11,5% e 19,2%, respectivamente, entre os ocupados.

A taxa de abandono escolar precoce (proporção de jovens entre 18 e 24 anos de idade que não haviam completado o ensino médio e não estavam estudando), que caiu de 48,0% para 36,5% de 2000 para 2010, era maior entre os homens (41,1%) que entre as mulheres (31,9%).

De uma forma geral, o Censo 2010 constatou que as taxas de escolarização e o nível de instrução cresciam com o aumento do rendimento mensal domiciliar per capita.
Além de educação e trabalho, os últimos resultados do questionário da Amostra do Censo trazem informações mais detalhadas também sobre rendimento e deslocamento para estudo e trabalho. Os dados mostraram que, em dez anos, houve desconcentração em todos os  rendimentos.

Fonte: diáriodopovo.com

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