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Pesquisadores Piauienses identificam moléculas no Jaborandi com capacidade de inibir a Covid-19

A Pesquisa foi realizada em conjunto com a Universidade Estadual do Piauí e o Instituto Federal

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Texto por Bruna Moura Fé e Edielson Teixeira Mota

A redação do Portal  RiachãoNet entrou em contato com um dos responsáveis pela Pesquisa. O Prof. Dr. Francisco das Chagas Alves Lima.

Uma Boa Surpresa!

“Nós tivemos uma boa surpresa, verificamos que das 10 moléculas do Jaborandi quatro tem esse potencial. A importância do trabalho no Estado do Piauí, é que a planta já é típica do estado e hoje nós temos indústrias aqui que usam o jaborandi,  por exemplo, para produção global de colírio para glaucoma, por exemplo, a pilocarpina como substância . Então, nós esperamos trazer mais valor agregado, esse é um dos objetivos do nosso grupo de Química Quântica Computacional e Planejamento.”

Coordenador do Grupo de Química Computacional e Planejamento de Fármacos – Professor Francisco Lima

Dr. Francisco ainda afirma que irão tentar encontrar nas plantas típicas do Estado do Piauí substâncias que sejam Bioativas. O grupo tem trabalhado muito com doenças negligenciadas e outras doenças, por exemplo,  substâncias que são vasos dilatadoras.

Estudo In Slico e Revista Molecular Simulation

Indagado sobre como foi o processo para chegar aos resultados e ao estudo In Slico que foi publicado, nesta terça-feira (12/01), na revista Molecular Simulation, do Reino Unido. Ele disse que, a repercussão internacional está sendo interessante e já recebeu convite para apresentar palestras sobre o tema Jaborandi nos Estados Unidos, no evento International Virtual Seminar on Covid-19 Part III , “isso tem nos trazido muita alegria em especial ao Ézio, porque vai fazer parte agora do trabalho do Doutorado dele que é algo inédito”.

O objetivo do estudo era encontrar uma molécula que seja Bioativa ou que tenham ação farmacológica contra chagas, que é uma doença que acomete milhões de pessoas no mundo inteiro, mas como são negligenciadas, não tem tanto investimento das farmacêuticas então cabe à Universidade tentar encontrar novas substâncias para tentar ajudar pessoas”.

Janilson Sousa – Professores do Instituto Federal do Maranhão

Durante a Pandemia, o grupo de Pesquisa percebeu que alcalóides presentes no Jaborandi tinham um bom e quimicamente potencial para interagir com o vírus.

Ézio Sá – Professor do Curso de Química do Instituto Federal do Piauí – Picos

Diante disso, Enzio Sá, um dos membros da Pesquisa, resolveu começar um estudo em paralelo ao seu trabalho de Doutorado pra verificar se as 10 moléculas presentes tinham algum poder de inibir o vírus. Então fez um estudo encíclico, esse estudo consiste em pegar a enzima 3D do vírus e introduzir uma molécula para interagir com a enzima e observar se essa molécula consegue inibir e matar o vírus.”

Rayla Magalhães -Discente e Pesquisadora da Uespi

O estudo conta com uma discente do 8°período de Química da Uespi, Rayla Magalhães, ela é a responsável por identificar predições de absorção e distribuição, Rayla é uma das mulheres pesquisadoras da Uepsi.

Professor do Instituto Federal do Pará – Allan Nunes Costa

Também participaram da Pesquisa o egresso da Uespi e Professor do Instituto Federal do Pará Allan Nunes Costa, os Professores do Instituto Federal do Maranhão, Janilson Sousa e o Professor do Instituto Federal do Piauí, Ricardo Ramos.

“Precisamos que os estudos continuem mas para isso precisa de verba”

Dr. Francisco faz algumas observações durante a entrevista, ele cita a importância e o impacto  que a Pesquisa tem para o nosso Estado e para a comunidade Cientifica como um todo.

“Precisamos que os estudos continuem, mas para isso precisa de verba. A Pesquisa pode trazer valor agregado ainda mais para as regiões do Piauí e do Maranhão que tem como características econômicas o uso dessas plantas. Esperamos que o estudo possa progredir e avance, e que o Estado do Piauí cresça e a Universidade Estadual avance também nas Pesquisas e tenha uma infraestrutura melhor em todos os campos”, enfatiza o Professor.

Ricardo Ramos – Professor do Instituto Federal do Piauí – Teresina

Essa não é a primeira vez que o Grupo de Química Quântica Computacional da UESPI produz estudos sobre o novo Coronavírus.

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