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Planos de saúde empresariais terão aumento de 25% em 2024

Aumento de custos impacta planos de saúde empresariais em 2024.

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Os planos de saúde empresariais, que representam a maioria esmagadora do setor, devem enfrentar um reajuste médio de 25% em 2024, um valor quatro vezes superior à inflação geral. Esse aumento expressivo foi apontado por um levantamento da Aon, uma consultoria especializada em gestão de benefícios.

No ano anterior, o custo médico teve uma variação de 14%, um valor semelhante ao registrado em 2022. O aumento de valores nesta modalidade é comparável ao aplicado no ano passado, que foi o maior reajuste registrado desde 2018.

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O último reajuste substancial pode ser atribuído aos planos de saúde que estavam com preços incompatíveis em relação aos níveis de despesas médicas. Assim, as operadoras aplicaram aumentos significativos para compensar essa diferença.

Em 2021, ocorreu um reajuste negativo, e as operadoras estavam oferecendo planos com base nos valores da pandemia de Covid-19, quando os gastos médicos caíram drasticamente. No entanto, no ano seguinte, o setor viu um aumento de aproximadamente 1,3 milhão de novos usuários, enfrentando um prejuízo operacional de cerca de R$ 10 bilhões.

De acordo com Luiz Feitoza, sócio da consultoria Arquitetos da Saúde, “muitos usuários entraram no sistema com descontos. O preço estava otimista demais, o que afetou as operadoras, e agora elas estão corrigindo esses preços. Certamente, isso não é favorável para as empresas.”

Nos primeiros nove meses de 2023, as operadoras registraram cerca de 750 mil novos clientes, mas também tiveram um prejuízo operacional de R$ 5,1 bilhões.

Os reajustes mais significativos foram observados nos planos de saúde voltados para pequenas e médias empresas (PME), que geralmente têm preços iniciais mais baixos. Contratos com até cinco vidas, por exemplo, tiveram um aumento de até 25% em 2023, sete pontos percentuais acima do reajuste aplicado em 2019.

Por outro lado, os planos de saúde que estavam vigentes antes da pandemia tiveram aumentos mais moderados e até mesmo reduções de preço em 2021. No entanto, o aumento aplicado no ano seguinte não conseguiu compensar as despesas crescentes.

Leonardo Coelho, vice-presidente da área de saúde da Aon, destaca que atualmente há uma maior demanda por novos exames, procedimentos e testes médicos, além de descobertas relacionadas ao transtorno do espectro autista (TEA) e um aumento na detecção de fraudes. Como resultado, os reajustes devem continuar sendo a principal medida para manter a rentabilidade do setor.

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