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Projeto Zona Amarela divide opiniões

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Quem era acostumado a transitar pelo Centro de Picos, nos últimos dias percebeu uma diferença: veículos circulando sem engarrafamentos. Com a implantação do Projeto Zona Amarela, que visa melhorar a mobilidade urbana no trânsito da cidade, os primeiros resultados já aparecem.

O taxista Francisco Barbosa Lima diz que o trânsito tem fluído melhor. “O trânsito de Picos a gente percebe que melhorou. Nos horários de pico não tem mais aqueles engarramentos e aquela bagunça em que ficava o trânsito.   Hoje está mais fácil circular pela cidade, especialmente que faz o trajeto no Centro”, disse o taxista.

Taxista Francisco Barbosa Lima - Foto: Jesika Mayara
Taxista Francisco Barbosa Lima – Foto: Jesika Mayara

Outro picoense que aprovou a mudança é o mototaxista Dirceu Borges que  há 20 anos circula na cidade. Ele sabe bem a realidade do trânsito local, marcado pela lentidão e congestionamentos, mas nos últimos dias este cenário segundo ele tem sido bem diferente. Até o tempo da corrida de moto diminuiu.

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“A gente já percebe que a movimentação diminuiu bastante, porque quando as vans paravam aqui na Praça Felix Pacheco lotava de gente. Agora até o trânsito está mais desafogado, e com isto fazer uma corrida leva menos tempo”, explicou Dirceu Borges.

Reflexos no comércio

Os efeitos com o Projeto Zona Amarela não são sentidos apenas no trânsito, mas no comércio local em que os comerciantes reclamam da perda de vendas.

O proprietário de uma loja de importados no Centro de Picos explica que tem perdido clientes devido a pouca movimentação de pessoas. “As pessoas hoje com o tempo que elas levam para se locomover a seus destinos, é o mesmo tempo que entravam em alguma loja pra comprar,  e com isto temos perdido clientes. Além disto, ficou mais perigoso para as pessoas idosas que ao se dirigirem aos bancos e sacarem seu dinheiro correm o risco de sofrer as famosas “saidinhas de banco”, concluiu Francisco Andrade.

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Segundo o secretário de Transporte, Trânsito e Mobilidade Urbana de Picos, Manoel Vieira,  a resistência encontrada em alguns  proprietários de vans é encarada com normalidade. “Esta resistência é normal porque as pessoas estavam habituados a um outro sistema. O Projeto Zona Amarela é algo que será expandido, não vamos retroceder na decisão. Tudo isto é pensando na melhora no trânsito local”, disse Manoel Vieira.

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 O Projeto Zona Amarela ainda divide opiniões entre os proprietários de vans, como é o caso deste motorista que faz a rota Picos- Bocaina há mais de 12 anos.Para ele, o principal prejudicado tem sido os passageiros que perdem tempo se locomovendo aos seus destinos, devido as vans não poderem transitar pela Avenida Getúlio Vargas, e outros pontos centrais da cidade.

“Nós trazemos diariamente para Picos seis mil pessoas. Mas este número tem reduzido e muito. Hoje de cinco viagens que fazia, faço apenas duas porque as pessoas estão deixando de andar de van. Para o passageiro ficou complicado, além de pagar pela van, muito ainda estão tendo que gastar com o mototáxi”, enfatizou Edmar Lima.

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Segundo dados da Secretaria de Transporte de Picos cerca de 150 vans circulam diariamente em Picos. O próximo passo será fiscalizar o transporte alternativo clandestino durante a realização de cadastros que já foram iniciados na última semana na sede do órgão.

 

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