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Servidores da Evangelina Rosa estão há mais de 3 meses sem receber

Os servidores afirmam que está cada vez mais difícil manter a família com o salário esperado da maternidade.

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Mais de 150 servidores da Maternidade Dona Evangelina Rosa sofrem com o atraso de salário, que já se aproxima do quarto mês. São profissionais como enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e técnicos de enfermagem que vivem diariamente a expectativa de receberem os seus vencimentos. Esse é um problema que vem se arrastando há anos, porém nenhuma solução é encontrada pela direção da maternidade, situação que causa desmotivação nos profissionais.

Os servidores afirmam que está cada vez mais difícil manter a família com o salário esperado da maternidade. É o caso de uma das profissionais, que preferiu não se identificar, por afirmar que pode sofrer represália e ser demitida ao ser identificada. A contratada explica que, por falta do pagamento, muitos ficam sem o dinheiro até mesmo da passagem do ônibus, pois os passes para a condução também sofrem atraso. “Estamos sem receber os meses de abril, maio e junho. E estamos com a certeza de que julho será mais um de atraso”.

Ela relata que, para quem possui família e depende apenas do salário da maternidade, as chances de passar fome é real. “Há algum tempo houve uma funcionária que estava em situação do tipo que não tinha nada de alimento em casa. Tiveram que se reunir e doar uma cesta básica para ela”, conta. “O medo é que isso volte a acontecer com a maioria dessa vez”, completa.

“Há muito tempo trabalho lá e sempre houve o atraso de salário. Não podemos fazer nada confiando nesse dinheiro porque nunca há uma previsão para o recebimento. Para piorar, até os passes do transporte coletivo tem atrasado. E o que é pior, ficam enganando, dizendo que vão pagar tal dia, e ficam toda semana enrolando e prolongando o atraso. De tanto enrolarem, estamos entrando no quarto mês que não iremos receber”, declara a contratada.

Outra servidora que teme ser identificada, diz que por mais amor que haja à profissão e profissionalismo, ainda assim é uma situação muito difícil de suportar, pois quem trabalha quer a certeza que vai receber para cumprir com as obrigações, o que não tem acontecido com os contratados da Dona Evangelina Rosa.

“Ficamos desmotivadas, mas ao entrar na maternidade você pensa nas pacientes e no quanto elas não têm nada a ver com a nossa situação”, comenta uma das contratadas. “Abraço a Maternidade Evangelina Rosa, mas fico triste com o descaso da situação em que ela se encontra”, finaliza.

Chico Macêdo

O médico Francisco Macedo, diretor da Maternidade Dona Evangelina Rosa, negou que houvesse atraso de três meses de salário dos contratados, considerando que já foi pago o mês de abril. “Essa é uma história que não procede”, afirma. Ele afirma ainda que os atrasos são decorrentes das questões burocráticas dos bancos e que isso sempre aconteceu, o que não é culpa da maternidade.

Em relação ao salário do mês de abril, Francisco Macêdo garante que o recurso foi enviado ao banco ainda na semana passada. Porém, se ainda não foram debitados nas contas, isso é uma questão que já não cabe a eles. Quanto ao mês de maio, foi informado que, nesta sexta-feira (20), o recurso correspondente a R$ 1,3 milhões, destinados para o pagamento, serão repassados. Com isso, os contratados devem ser pagos até o final da próxima semana. Para o salário de junho não há previsão.

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