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Situação do Hospital Regional é a mais grave do Estado, diz diretor do Simepi em Picos

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Dr. José Almeida
Dr. José Almeida – Foto: Maria Moura

Para diretor do Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) em Picos, médico cardiologista José Almeida, governo do Estado demonstra despreocupação com reivindicações da categoria.

Os médicos da rede estadual de saúde paralisaram suas atividades nesta segunda-feira (5) e cumprem agenda de manifestação até o dia 9 de março. Durante esse período os hospitais estaduais só realizarão atendimentos de urgência e emergência. Os atendimentos eletivos – cirurgias, exames, consultas ambulatoriais e atendimentos do Programa Saúde da Família (PSF) – estarão suspensos.

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Dr. José Almeida lembra que a briga da classe por melhores condições de trabalho e alterações no Plano de Cargos, Carreiras e Salários são antigas e vem sendo arrastadas pelo governo estadual há anos.

Segundo ele, o descaso com hospitais públicos e falta de investimentos em infraestrutura, equipamentos e contratação de profissionais prejudicam a qualidade dos procedimentos realizados nos hospitais públicos.

Indo além, o médico afirma que a situação do Hospital Regional Justino Luz é a mais urgente em razão das condições de suas instalações físicas. “A gente entende que os hospitais do Piauí inteiro passam por problemas, mas a gente entende também que a situação do Hospital Regional é a mais grave”, diz ele.

Em maio de 2012 completará um ano de assinatura do Termo de Ajuste de Conduta firmado entre o Ministério Público Estadual e a Secretaria de Saúde do Piauí para que os profissionais do hospitais pudessem trabalhar com condições dignas. “Muita coisa desse termo não foi cumprida porque teria que se contratar profissionais, equipar o hospital e executar o planejamento”, desabafa.

O diretor do Simepi em Picos elogia a atual administração do Justino Luz, mas ressalta que apesar das melhorias recentes muita coisa ainda precisa ser mudada. “Hoje os diretores tem um planejamento que não é executado por falta de apoio da Secretaria [de Saúde]”, reclama.

Os profissionais da rede estadual reivindicam reajuste salarial, em conformidade com a remuneração aprovada pela Federação Nacional dos Médicos (FENAM) que estabelece piso no valor de R$ 9.188,22, cumprimento das Leis que tratam da Progressão da Carreira Médica e da insalubridade, que segundo o Sindicato dos Médicos do Piauí (SIMEPI), é paga de maneira ilegal. Hoje os médicos recebem o mesmo adicional de insalubridade no valor de R$ 400, o correto seria um valor variante entre 10% a 40% sobre o vencimento do médico.

Uma manifestação com profissionais da categoria está marcada para a próxima quarta-feira (7) em frente ao Hospital Regional Justino Luz, a partir das 17h.

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