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Zózimo Tavares: E assim caminha o Piauí

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Wilson Martins
Governador Wilson Martins

Depois de conversar com a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça, sobre o mesmo assunto, o governador Wilson Martins correu a Brasília, para expor à bancada federal do Piauí a crítica situação financeira do Estado. Dois problemas cruciais afligem o governo piauiense: a dívida estadual e as demandas salariais de diversas categorias de servidores.

É compreensível que o governador busque ombros para chorar suas misérias, afinal, ninguém sabe o que é que calado quer. O que ele não pode esquecer é que, em relação à dívida e à falta de recursos para pagar, por exemplo, o novo piso do professor, o governo federal não poderá criar uma regra diferenciada para o Piauí. Ou cria-se uma política geral para todos ou nada feito. E só os estados e municípios que não se planejaram não estão conseguindo pagar o novo piso do magistério.

Outra coisa: o governador não deve alimentar grandes expectativas em relação à bancada do Piauí. Nunca antes na história deste estado, nem na época da ditadura militar, o Piauí teve uma bancada tão governista. 100% dos congressistas piauienses apóiam incondicionalmente o Planalto. Apesar disso – ou por isso mesmo – o prestígio da bancada em Brasília é zero. Não dá para o próprio gasto, como se diz popularmente. Ou seja, não tem força nem para defender suas próprias emendas.

O que o governador deveria ter feito era o próprio dever de casa. Era cortar despesas e evitar a criação de novos gastos. Porém, neste particular, ele imitou o seu antecessor, Wellington Dias. Ao invés de enxugar a máquina administrativa, preocupou-se foi em criar inchá-la, aumentando a despesa pública, consequentemente.

O governador teria feito uma grande economia se não tivesse recrutado tantos apaninguados para o seu governo; se não tivesse renovado os contratos para aluguel de carros e se tivesse evitado tantas outras despesas absolutamente desnecessárias. Pelo menos convenceria que fez a sua parte, que cortou a própria carne.

Além de não atar as sangrias de recursos públicos no Executivo, ele ainda saiu patrocinando despesas em outros poderes, como na Assembleia Legislativa. Sem a menor necessidade, ele viabilizou a convocação de 8 suplentes de deputado. Como de tostão em tostão se chega ao milhão, também de tostão em tostão jogado fora se chega à precisão. É o caso.

Diário do Povo

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