“A vacina é segura”, destaca médica pediatra sobre imunização de crianças
Ela lembra que a dose ofertada às crianças corresponde apenas a um terço da aplicada na população adulta.
A vacinação contra a Covid-19 para as crianças de 5 a 11 anos deve começar no próximo mês de janeiro no Piauí e em todo o Brasil. Apesar disso, muitos pais ainda têm dúvidas a respeito da imunização para esse público.
A médica pediatra Lorena Mesquita, do Hospital Infantil Lucidio Portela, destaca que a orientação é que os pais levem as crianças para a vacinação sem temer eventuais efeitos colaterais. Ela lembra que a dose ofertada às crianças corresponde apenas a um terço da aplicada na população adulta.
“A vacina é segura. Nós devemos vacinar nossas crianças. Hoje, já tivemos mais de 5 milhões de crianças vacinadas em todo o mundo, e a gente não está vendo efeitos colaterais graves. Uma das grandes preocupações dos pais é a questão de uma miocardiopatia causada pela vacina, mas até agora não tivemos casos. Essa doença cardíaca pode acontecer mais pela covid do que pela vacina”, destaca a médica.
O Piauí já anunciou que não deve exigir a prescrição médica para vacinar as crianças de 5 a 11 anos. Para a pediatra Lorena Mesquita, não há necessidade de aguardar o encaminhamento médico.
“O que a gente espera é que não seja exigido. Mas se houver exigência, a gente espera que os pediatras possam dar esse encaminhamento. Não há contraindicações para essa vacina, então o pai deve sim procurar o posto de saúde e fazer a imunização de sua criança, independente de encaminhamento”, alertou.
Ainda de acordo com a médica, a imunização das crianças também é necessária para garantir o controle da doença entra a população adulta.
“O Brasil se destaca nos casos de covid em crianças, tanto em internações, como em óbitos. Essa vacinação, além de proteger as crianças contra os efeitos graves da covid, também vem para proteger a população. Essas crianças podem se contaminar e podem levar para casa a doença, transmitindo para os pais, para os idosos, que podem ter uma doença mais grave”, lembrou Lorena Mesquita.
Fonte: Cidade Verde/Natanael Souza