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Assembléia de deflagração da greve na UFPI acontece nesta quinta-feira (18)

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UFPI em Teresina - Foto: Divulgação
UFPI em Teresina - Foto: Divulgação

Com o sentido de fortalecer a paralisação de amanhã (18/08) de 24 horas dos professores da UFPI aprovada em assembléia geral e mostrar à sociedade os possíveis motivos de um movimento grevista. Na manhã de hoje, (17/08) professores da UFPI juntamente com a Diretoria da ADUFPI, realizam manifestação na entrada do Campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI). A atividade tem como objetivo a distribuição de material informativo sobre a pauta de reivindicações dos docentes e também o convite para a Assembléia Geral da categoria que poderá deflagrar greve dos professores da UFPI amanhã (18/08), ás 9h, no auditório da ADUFPI. 

A pauta de reivindicação dos professores tem como eixo central a luta em defesa da autonomia universitária, dos salários, carreira e contra a precarização do trabalho docente e uma pauta local que trata dos problemas da UFPI.

De acordo com o presidente da ADUFPI “Existe um caos institucionalizado na administração superior da UFPI, provocando uma insegurança jurídica, já que sentença judicial e recomendações do Ministério Público Federal são desrespeitadas; não existe regulamentação legal da avaliação de estágio probatório dos professores e o MEC investiga irregularidades que vão de intimidações a mal uso de verba pública, com base em relatórios da CGU e MPF.”

Na reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Sindicato Nacional (ANDES-SN), realizada no último sábado (13/08) em Brasília, os representantes das Seções Sindicais aprovaram por unanimidade, indicativo de greve nacional.

Mário Ângelo, Presidente da ADUFPI - Foto: Divulgação
Mário Ângelo, Presidente da ADUFPI - Foto: Divulgação

O presidente da ADUFPI Mário Ângelo afirma que “o governo está empurrando a categoria para a greve já que se recusa a repor minimamente os índices de inflação no período, o que poderá rebaixar ainda mais o já desgastado salário dos docentes”. Para ele, é importante que o movimento diga claramente ao governo federal que é necessário conversar seriamente com os professores, valorizar a educação, para que mais uma vez o trabalhador da educação não pague pela crise econômica atual.

A proposta apresentada pelo governo após meses de protelações é insuficiente não enfrenta a questão da desvalorização da atividade docente frente a outras categorias do funcionalismo público federal e também não repara as distorções internas existentes na evolução da própria carreira do magistério superior. Protesta Mário Ângelo.

Se confirmado esse panorama, os professores universitários devem acumular perda de pelo menos 10%, somando-se a inflação média de 5% por ano. A corrosão do poder aquisitivo dos docentes, entretanto, deve ser sentida de forma diferente nos diversos níveis da carreira, visto que uma das estratégias utilizadas pelo governo anterior foi conceder aumentos maiores aos professores que estão no topo de carreira, com a criação da classe de Professor Associado.

Posição Carreira Salário Inicial
Diplomata – Ministro de Primeira Classe (NS) R$ 18.478,45
Procurador do Banco Central R$ 14.970,60
Procurador Federal R$ 14.970,60
Procurador da Fazenda R$ 14.970,60
Defensor Público da União R$ 14.970,60
48º Técnico Administrativo – IFES Nível E Classe 1 R$   2.989,33
49º Analista Previdenciário R$   2.375,31
53º Professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico 40h R$   2.130,33
54º Professor de 3º Grau – 40h R$   2.130,33

         Fonte: DIEESE/2011

 

Segundo o presidente da ADUFPI até o momento o Governo não apresentou qualquer índice de reajuste salarial para os docentes das federais em 2011. A situação é grave já que o projeto de lei orçamentária para 2012 precisa ser apresentado ao Congresso Nacional até o dia 31 de agosto próximo, caso o governo não apresente algo aos servidores públicos estes ficarão sem reajuste também em 2012. Há alguns meses representantes ANDES-SN estão se reunindo com o MPOG, mas fica cada vez mais explícito que o Governo não aceita uma negociação salarial efetiva e menos ainda mudanças em seu projeto de reestruturação da carreira dos docentes das federais.

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