Estudo revela relutância de empresas em contratar jovens da geração Z

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Um estudo recente, que entrevistou 800 gestores de empresas, revelou uma tendência preocupante: 4 em cada 10 gestores têm evitado contratar jovens recém-formados, pertencentes à chamada geração Z. Os motivos para essa relutância variam, mas destacam-se a falta de habilidades de comunicação, vestimentas inadequadas para entrevistas e, surpreendentemente, candidatos que comparecem acompanhados dos pais.

Caio Pereira Infante, especialista de marca contratadora, oferece uma perspectiva sobre o fenômeno, sugerindo que a rapidez e a informalidade, características marcantes da era digital, podem estar em desacordo com as expectativas do ambiente corporativo tradicional. “Nesse mundo da velocidade, que de fato é com o celular na mão, a gente sabe como as coisas acontecem, e esses jovens querem transportar isso para o mundo corporativo. Só que aí, quando eu chegar lá, a frustração ou descasamento é muito grande porque o mundo corporativo leva tempo”, explica Infante.

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Além da questão da comunicação, as empresas apontam a dificuldade dos jovens em cumprir horários, lidar com a rotina e se expressar adequadamente, seja por escrito, como em e-mails, ou verbalmente, em reuniões. Essa lacuna de habilidades essenciais sugere um choque geracional que demanda adaptações de ambas as partes.

Infante também aborda a busca por realização profissional e propósito, conceitos altamente valorizados pela geração Z. “As pessoas querem se realizar profissionalmente e elas buscam algo chamado propósito, que é uma palavra linda. Mas na prática, como isso acontece? Porque uma boa empresa para se trabalhar não é igual para todo mundo”, reflete o especialista.