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Professores de Pio IX tem salários reduzidos pela metade

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Na última terça-feira, (23), professores da rede municipal de Pio IX, tiveram seus vencimentos reduzidos em 50%. A prefeita do município, Regina Coeli Viana de Andrade, anunciou a medida de corte desde o início do ano letivo mediante a não aprovação do projeto que visava estabelecer o regime estatutário com previdência própria.

A ideia da mudança de regime, não foi aceita pelos servidores da educação municipal, segundo estes os RPPS comprovam a ineficácia deste modelo, e que em grande maioria, estes chegaram a falência em todo o país. A partir de então, os professores tiveram que conviver em seu cotidiano com os rumores do corte de 50% de seus rendimentos como justificativa para reduzir gastos, situação que gerou um enorme desconforto para a categoria.

Reunidos por mais de quatro horas na Secretaria Estadual de Educação - Seduc - na tarde desta quinta-feira (3), representantes do Governo do Estado, sindicalistas e Ministério Público fizeram uma revisão na folha de pagamento e planilhas de custos do órgão para elaborar uma nova proposta de reajuste salarial para os professores. Os valores não foram definidos, mas o resultado dessa análise será apresentado ao governador Wilson Martins (PSB). A decisão final com o percentual de aumento, para o fim da greve que dura mais de dois emses, deve sair somente na segunda-feira. Participaram da reunião os secretários de Educação, Átila Lira, e Administração, Paulo Ivan da Silva Santos, além do crontrolador-geral do Estado, Antônio Filho, a promotora Leida Diniz e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí - Sinte-PI - e da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação - CNTE. Ao longo da tarde, foi avaliada a revisão no reajuste. Os dados devem ser revistos e estudados novamente durante o fim de semana para consolidação da proposta. Pela manhã, em encontro no Palácio de Karnak, o governador Wilson Martins (PSB) apresentou proposta para que todos os recursos federais extras que chegarem do Fundo de Educação Básica - Fundeb - sejam repassados diretamente para o reajuste dos professores. O mesmo grupo que participou da reunião da Seduc deve acompanhar a liberação dos recursos a cada mês. A categoria cobra aumento linear de 22% para todas as classes, mas o Estado alega estar no limite do cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal. O impacto na folha seria de R$ 19 milhões. O governador Wilson Martins tem viagem programada para municípios do Norte do Estado nesta sexta-feira, começando por Barras. Ele aguarda a consolidação da nova proposta por parte da comissão de gestores e sindicalistas que, chegando a um acordo, terão o reajuste salarial confirmado. Da Redação redacao@cidadeverde.com
Greve dos professores da rede estadual de Picos Foto : Maria Moura

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Diretores e coordenadores das escolas de Pio IX foram acionados pela SEMEC e distribuíram nas escolas do campo e da cidade, as novas lotações com a redução de 20 hs na jornada de trabalho dos professores que se efetivaram pelos concursos de 2008 e 2012.

Além dos danos incalculáveis à sobrevivência dos professores afetados, estes afirmam sobre a forma desorganizada, irresponsável e precipitada por parte dos gestores em desestruturar o horário escolar, sem primar pela qualidade a pouco mais de um mês para encerrar as atividades do 1º semestre do ano letivo.

A realidade é que tal medida acabou por deixar turmas sem aula, pela inexistência de professores, horários de aulas falhos e com aulas vagas e inviabilizando também a troca de livros didáticos entre os professores, que tiveram suas turmas e disciplinas trocadas na terça com a determinação de lecionar suas aulas já no dia seguinte, tudo isso, traz sérios prejuízos ao alunado.

“O descontentamento e o clima de indignação por parte dos professores é geral, a revolta é nítida, até mesmo por parte da população, que tem constantemente se pronunciado sobre o assunto. Muitos professores se dizem angustiados e humilhados e que se sentem mal e desestimulados para lecionar”, quando na realidade deveriam ser valorizados e respeitados, pois não podem carregar o peso da crise financeira, sendo que outras medidas poderiam ter sido adotadas para evitar tamanho abalo para os professores e que agindo desta forma, a gestão municipal não tem tido compromisso algum com a educação. 

ASCOM

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