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Coronel da PM será indiciado por morte de gerente de banco, diz PC

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[ad#336×280]>O tenente-coronel Erotildes Messias de Souza Filho, comandante da ação policial que perseguiu os assaltantes do Banco do Brasil de Miguel Alves (PI), em 2013, será indiciado pela morte do gerente Ademyston Rodrigues, levado pelos bandidos como refém após o crime. Ele responderá por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Ademyston morreu com fragmentos de bala que atingiram seu corpo - Foto: Reprodução/ Facebook
Ademyston morreu com fragmentos de bala que atingiram seu corpo – Foto: Reprodução/ Facebook

O assalto aconteceu no dia 30 de abril de 2013 e teve dois inquéritos distintos: um para o roubo e outro para a morte do gerente – este comandado pelos delegados Higgo Martins e Robert Lavor. O inquérito teve sete volumes e 965 páginas.

De acordo com a Polícia Civil, o gerente morreu com duas lesões fatais, uma na cabeça e outra que atravessou seu coração. Os dois tiros, segundo o laudo, vieram de fora do carro, em disparos feitos pela Polícia Militar. O corpo ainda tinha marcas de arma calibre 12, mas que não causaram a morte do gerente.

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O laudo concluiu ainda que as balas atingiram a lataria do carro e se fragmentaram. Foram os fragmentos dos projéteis que mataram o gerente Ademyston Rodrigues.

“Foi comprovado durante o inquérito que qualquer um dos fragmentos, independentemente, poderiam ter causado a morte do gerente. Isso porque elas eram de grosso calibre”, afirmou Robert Lavor. Por conta das balas terem se fragmentado, também não foi  possível saber de qual arma saíram os tiros.

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O delegado Higgo Martins, da Delegacia de Homicídios, informou que o laudo limita-se a dizer que os tiros disparados pela Polícia Militar miraram o veículo usado pelos assaltantes na fuga.

“A vítima era utilizada como escudo por um dos bandidos responsáveis pelo assalto”, disse o delegado. “Chegamos a essa conclusão após ouvir 56 testemunhas e após 13 laudos”.

O delegado geral da Polícia Civil, James Guerra, justificou o indiciamento. “Não foi a melhor forma, não foi a melhor decisão do comandante da operação. Ele não buscava a morte do gerente e sim impedir que o roubo tivesse sucesso. Foi uma tomada de decisão não correta”, declarou. “O objetivo da polícia não era matar ninguém. Mas mesmo assim, percebendo que havia feridos, a troca de tiros continuou”, acrescentou.

Delegado James Guerra comandou a coletiva de imprensa - Foto: Cidade Verde
Delegado James Guerra comandou a coletiva de imprensa – Foto: Cidade Verde

As conclusões da Polícia Civil seguem para o Ministério Público do Piauí, que ficará responsável por oferecer a denúncia ou pedir novas diligências. Cópia do inquérito também será enviada para a Corregedoria da Polícia Militar.

“O mais importante vai ser determinar se foi um crime comum ou militar. Temos 15 dias para analisar o material. Faremos isso com muita calma. Não é a PM do Piauí que está sendo colocada na cadeira dos réus. Os servidores que erraram vão ser responsabilizados”, afirmou o promotor Antônio Rodrigues de Moura, também presente na coletiva.

Souza Filho foi o comandante da operação policial - Foto: Cidade Verde
Souza Filho foi o comandante da operação policial – Foto: Cidade Verde
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