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Em Simões, animais são abatidos sem as mínimas condições de higiene. Veja!

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[ad#336×280]Você sabe de onde vem a carne que você consome? Sabe qual o procedimento é feito para que essa mesma carne chegue ao mercado? Sabe qual a procedência desse produto e se o mesmo está apropriado para o consumo humano? A equipe de reportagem realizou durante toda essa semana vários registros e traz com exclusividade para você como é abatido, transportado e comercializado a carne vinda do maior abatedouro do município de Simões. Confira!

Aproximadamente 30 animais são abatidos toda semana no Matadouro Publico Municipal de Simões, totalizando cerca de 120 animais abatidos mensalmente.

Animais são jogados no chão no matadouro
Animais são jogados no chão no matadouro

Já na chegada da nossa equipe de reportagem ao Matadouro Publico Municipal de Simões, encontramos crianças trabalhando em meio aos adultos, manuseando facas afiadas e andando de pés descalços entre o mar de sangue e carne. Essas crianças recebem uma ajuda diária para auxiliar nos serviços.

Flagramos ainda outras crianças se arriscando em cima dos currais, no matadouro, brincando de se equilibrar, e correndo grande risco de cair, inclusive no meio dos bois, dentro dos currais. Além de que essas mesmas crianças tem acesso a todas as partes do matadouro, como por entre as carnes, sangues e dejetos de animais mortos.

Durante o abate dos animais, registramos a forma desapropriada no ato do mesmo, os animais que são conduzidos por um breque, saem de dentro do curral de terra e repleto de esterco e vão direto para o local do abate, onde também após de morto é feito o corte, sem nenhum tipo de higienização. Durante o abate eles deflagram golpes com um pedaço de pau sobre a cabeça dos animais, que caem no chão e em seguida é furado na região do pescoço, alguns ainda vivos, chegam a se bater continuamente e a berrar até morrer.

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É comum também, no procedimento de corte, encontrar vacas prenhas, que nem por isso deixam de ser poupadas, e são abatidas, retirado o bezerro de dentro da mesma e despejado fora. A carne da vaca, normalmente é levada para um estabelecimento comercial, para ser vendida no dia seguinte.

O sangue que escorre dos animais mortos se acumula entre as carnes, e são jogados para fora do matadouro com auxilio de um rode, pios o sistema de escoamento não suporta a escoar todo esse material. Assim parte desse sangue é jogado a céu aberto ao redor do matadouro. A outra parte que é escoada e vai para um reservatório, também a céu aberto, que fica a pouco mais de 20 metros do matadouro publico municipal.

De um lado, homens carregam um reboque fechado com carne para ser em seguida distribuídas em alguns pontos de venda da cidade de Simões, enquanto a menos de três metros de distancia, dois homens carregam um reboque aberto com os restos dos animais, que em seguida serão despejados no lixão. Ou seja, o mesmo trator que transporta a carne para a cidade, também transporta os restos dos animais para o lixão.

As carnes que vão para o Açougue Publico de Simões ficam dependuradas em grampos de ferro durante toda a noite, sem nenhuma proteção contra moscas, outros insetos e roedores, e no dia seguinte, expostas, são compradas pela população que frequentam esse local.

Mais um fator preocupante, no Matadouro Publico de Simões, é a presença de cachorros, que veem dos mais diversos locais e ficam entre os espaços utilizados para o abate e corte dos animais, carregando pedaços de carnes e se alimentando dos restos deixados pelo chão. Com o forte mau cheiro, vimos ainda, durante o dia, a presença de urubus, que buscam também pedaços de dejetos que ficam espalhados por todos os lugares.

Nossa equipe de reportagem foi informada por terceiros, e pode detectar nesta reportagem, que não existe sequer um sistema de acompanhamento do animal que é abatido, bem como não se tem nenhuma fiscalização da vigilância sanitária nesse processo de abatimento e comercialização da carne de bovinos no município de Simões.

Segundo o site do Governo do Estado do Piauí, o matadouro público foi construído pela Secretaria do Desenvolvimento Rural (SDR). Na construção do matadouro, com quatro currais para caprinos e bovinos e capacidade para abate de quatro animais por dia, o governo investiu R$ 127 mil, recursos do Tesouro Estadual. A inauguração do matadouro aconteceu em 21 de julho de 2011, e hoje se encontra em péssimo estado de conservação, os currais foram modificados, pois não suportavam o rebanho de gado, e parte dos azulejos encontram-se quebrados, além de algumas portas de acesso não corresponderem a demanda. Com informações no Simõesnanaet

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