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Jaicoense ‘Chambinho do Acordeom’ conta como é viver o ídolo no cinema

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Chambinho do Acordeon dá vida a Gonzaga no cinema. (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Chambinho do Acordeon dá vida a Gonzaga no cinema. (Foto: Katherine Coutinho / G1)

Com um set montado no Marco Zero, praça do Recife Antigo, no último domingo, um show em homenagem ao Rei do Baião, com entrada franca, deu início às filmagens de “Gonzaga – de Pai para Filho”, novo longa de Breno Silveira, que levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas com “2 filhos de Francisco”.

A coprodução Globo Filmes retrata a relação entre o sanfoneiro Luiz Gonzaga, que completaria 100 anos em 13 de dezembro do ano que vem, e seu filho, o cantor e compositor Gonzaguinha (1945-1991). “Dar início às filmagens no Recife é um sonho, ainda mais perto do aniversário do Luiz Gonzaga, e no Marco Zero, um local histórico preservado. Gonzagão merecia uma biografia há muito tempo”, diz o diretor.

O elenco conta com o gaúcho Júlio Andrade (“Cão sem Dono”), no papel de Gonzaguinha, e Nanda Costa, como a mãe do autor de “Grito de Alerta” e “Comportamento Geral”, a dançarina e cantora Odaléia Guedes dos Santos. O papel de Gonzagão será feito por três atores, para retratar diferentes épocas. O período principal, dos 30 aos 50 anos, será vivido por Chambinho do Acordeom, músico que, aos 31 anos, faz sua estreia como ator.

“Me colocaram numa pós-graduação sem ter o primário”, brinca Chambinho. “O show se passou em 1955, quando ele estava no auge da fama. Senti a responsabilidade do papel porque no Nordeste as pessoas veem Luiz Gonzaga não só como um sanfoneiro, mas como um santo, elas são devotas do Gonzagão. Além disso, ele era muito completo, dançava, era ótimo contador de histórias. Chegou até a atuar em alguns filmes da década de 1950. Mas começamos com o pé direito, ali no Q.G. dos sanfoneiros, com os votos de confiança deles”.

De família de piauienses, e “paulista por acidente”, Chambinho é sanfoneiro desde os oito anos. Ele acredita que a intimidade com o instrumento fez diferença no longo processo seletivo pelo qual passou para entrar no filme. “A sanfona faz parte do corpo do sanfoneiro. O filme trata de uma verdade: um homem que largou tudo por causa da sanfona. Até podiam ter colocado um ator com mais gabarito, mas as pessoas não iam ver a alma gonzaguiana”, acredita ele, dando todo o crédito de sua atuação à equipe de preparação de atores, composta por Sérgio Penna, Renata Ricci, e Laís Corrêa.

Após rodar a primeira sequência no Marco Zero, Silveira vai retomar as filmagens em fevereiro, na cidade de Exu, onde Gonzagão nasceu. Passará também pelos arredores da Serra do Araripe, e pelo Rio de Janeiro, onde o Rei do Baião passou a maior parte da vida. A estreia está prevista para segundo semestre de 2012, junto às comemorações do centenário de Luiz Gonzaga.

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