Massacre em escola acende luz de alerta em Picos
As pessoas que trabalham em escolas e tem seus filhos estudando estão perplexo com as imagens que circulando nas redes sociais.
O ataque em uma escola estadual de Suzano (SP) deixou pelo menos dez pessoas mortas por volta das 9h30 desta quarta-feira (13) acendeu a luz de alertas em escolas de todo o Brasil. As pessoas que trabalham em escolas e tem seus filhos estudando estão perplexo com as imagens que circulando nas redes sociais.
Segundo a polícia, um adolescente e um homem encapuzados atiraram em diversas pessoas dentro da Escola Estadual Raul Brasil e cometeram suicídio em seguida. Ao menos duas funcionárias e cinco alunos da escola morreram. Antes, um dos assassinos matou um homem numa loja de automóveis próxima.
No município de Picos não há registros incidentes graves envolvendo violência em escolas. A diretora da Escola Estadual Vidal de Freitas, professora Maria da Cruz, disse em entrevista ao Jornal 95 que o massacre de São Paulo foi tema de uma reunião nesta quinta-feira (14/03). A escola, uma das maiores de Picos, planeja desenvolver um projeto que venha ajudar a prevenir ações semelhantes.
A diretora diz que a escola é muito grande e conta com um número elevado de alunos e conta apenas com um vigilante. Ela disse que o ideal era que tivesse um policial com um detector de metal para evitar que estudantes entre armados no colégio.
Mais de 200 ataques
De acordo com a Companhia Independente de Policiamento Escolar (Cipe), nos últimos nove meses, foram registradas 203 ocorrências em Teresina, entre brigas, ameaças e alunos que foram à escola armados.
Em agosto do ano passado, na cidade de Timon-MA, vizinha a capital piauiense, um aluno ficou em estado grave após ser agredido por outro estudante dentro da escola. Em Teresina-PI, em dezembro de 2017, a diretora de uma escola sofreu socos e puxões de cabelo após cobrar o fardamento de uma aluna. Em 2015, um caso mais grave na cidade de União, no interior do Piauí. Um adolescente matou o colega de classe na aula durante briga por preservativo.
Para diminuir o número de ocorrências no ambiente escolar, o Ministério Público do Piauí desenvolveu o projeto “Queremos Paz”.
“Em meio a inúmeras solicitações na área de Educação, a maior questão era a dos conflitos dentro da escola. Aí entram bullying, drogadição, o conflito família-escola, aluno-aluno, aluno-professor e vimos que precisávamos trabalhar a prevenção”, explica a Flávia Gomes, promotora de justiça.
A representante do MP alertou ainda para a necessidade de participação de toda a sociedade na construção da paz no ambiente escolar.
“A paz é da responsabilidade de cada um de nós e é uma construção diária nos mínimos detalhes, na forma que eu falo, que eu coloco o livro na mesa, na forma que eu me dirijo ao aluno. Se eu planto violência, com certeza, vou colher violência. Mas se eu planto paz, colho paz”, finaliza Flávia Gomes.
Fonte: Web Piauí com informações do Cidade Verde