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Síndrome de Burnout: ‘é preciso estar alerta aos sinais’, indica psicóloga

Policiais, médicos, enfermeiros e professores são os profissionais mais suscetíveis a desenvolverem a síndrome.

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Síndrome de Burnout. O nome, bem peculiar. “Se é síndrome, é doença. Então não tenho. Está tudo normal comigo”. “O que é isso? Parece ser bem sério!” E é. Se o paciente não for cuidado. Muitos já tiveram em algum período da vida e muitos, especialmente após a pandemia, (sobre)vivem todos os dias com ela.

Sim! A palavra-chave para quem possui essa síndrome é “sobreviver”, pois a Burnout nada mais é que o esgotamento mental e físico das pessoas, o que leva a desgastes e, consequentemente, a uma sobrevida, segundo explicou ao RichãoNet, a psicóloga credenciada da Unimed Picos, Anne Caroline Gomes Moura.

A Síndrome de Burnout, em termos gerais, “é um distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema, sempre relacionada ao trabalho de um indivíduo. Essa condição também é chamada de “síndrome do esgotamento profissional”. (Rede D’Or São Luiz)

Segundo a psicóloga Anne Caroline, isso é consequência de um estresse prolongado no trabalho. Muitos profissionais têm ela, cuja principal característica é a exaustão emocional.

“A pessoa acha que não vai dar conta. Tem a sensação de que está no limite do trabalho. Outra característica bem comum é a despersonalização, que é a diminuição da sensibilidade emocional. Ou seja, é quando a pessoa começa a tratar clientes e pessoas próximas de forma desumana. Há uma diminuição do sentimento de realização profissional. A pessoa começa a questionar a própria competência, a se avaliar de forma negativa e isso afeta diretamente a vida da pessoa e pode vir a desenvolver uma depressão”, explicou a psicóloga.

Anne Caroline Gomes Moura, psicóloga cooperada da Unimed Picos (Foto: Jaqueline Figueredo)

Ela afirmou que policiais, médicos, enfermeiros e professores são os profissionais mais suscetíveis a desenvolverem a síndrome. “Em Picos, desde o início da pandemia, a recorrência maior se dá entre os docentes, pois são trabalhadores que passam horas a fio na frente de uma tela de computador, uma interação completamente diferente do habitual”.

Vale frisar que a pessoa não vem com uma predisposição para ter a Síndrome de Burnout. Ela não é algo genético, mas que se desenvolve em decorrência do espaço de trabalho no qual a pessoa vive.

A psicóloga credenciada da Unimed Picos frisou que é importante identificar as características, estar alerta aos sinais que apontam que algo não está indo bem. E isso pode ser apontado por alguém que conviva com quem mostra estar com a Síndrome de Burnout.

Segundo a psicóloga Anne Caroline, a síndrome é consequência de um estresse prolongado no trabalho (Foto: Jaqueline Figueredo)

“Há sinais específicos que apontam para a síndrome. Como já citei, há a exaustão emocional, que leva à física, gerando sintomas físicos como dores de cabeça, náusea, sensação de desmaio e fraqueza. Pode desenvolver problemas cardiovasculares e gástricos. Também afeta a cognição da pessoa, afetando no rendimento de trabalho. A memória começa a ter falhas com esquecimento, há dificuldade de raciocínio. Quem conseguia ter uma rotina de sono, tem ela alterada, com a presença da insônia. Mesmo a pessoa se sentindo exausta, esgotada, ela sente dificuldade para dormir. A forma de se alimentar é alterada e a pessoa com a síndrome também tem dificuldade para deixar um tempo para o lazer”, detalhou a psicóloga.

Anne Caroline Gomes Moura ressalta a importância de se procurar ajuda psicológica e psiquiátrica, a fim de se evitar o desenvolvimento da Síndrome de Burnout para quadros mais graves e irreversíveis.

“Quando procura atendimento psicológico, sempre recomendo o trabalho em conjunto com o psiquiatra. Se não tratada, a pessoa pode desenvolver depressão. A desesperança que a síndrome gera, chama atenção para o suicídio, dependendo do agravamento do quadro, se a pessoa não cuidar. Por isso é importante que pessoas do convívio dela que conheçam a síndrome a alertem, até para que esta se sinta acolhida e receba o apoio necessário para diminuir a exaustão demasiada”, falou.

A psicóloga informou que o tratamento varia de pessoa para pessoa, pois dependerá de como é a sua jornada de trabalho, em como passa as horas do dia, se recebe pressão da chefia, se há medo em perder o emprego. “É um trabalho individual, pois são vários os fatores a serem analisados. A partir disso, a gente vê o que pode mudar na rotina de trabalho e, consequentemente, na mudança de vida para cura da síndrome”.

A Unimed Picos tem a preocupação de associar o maior número possível de médicos cooperados, nas mais diferentes especialidades, a fim de suprir a necessidade dos usuários em quaisquer que sejam suas necessidades em saúde, como aqueles que possuem a Síndrome de Burnout.

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