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Taxa de reprodução do coronavírus cai de 1,8 para 0,87 no Piauí

Pesquisa mostra ainda que número de pessoas recuperadas está crescendo mais rápido mais do que o de infectadas

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O governador Wellington Dias apresentou, nesta quinta-feira (02), durante live, os resultados da nova rodada da pesquisa sorológica sobre a Covid-19. O Piauí registrou uma redução da dinâmica do índice de transmissibilidade (R0) do novo coronavírus de 1,8 por indivíduo infectado, para 0,87 em apenas 10 dias. Os dados são do Inquérito Soroepidemiológico realizado entre os dias 27 e 30 de junho, encomendado pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesapi), junto ao Instituto Piauiense de Opinião Pública (Amostragem).

O relatório aponta que em 20 de junho, cada 100 infectados repassava o vírus para outras 180 pessoas. Em 30 de junho, o mesmo número de infectados era responsável pela transmissão para outros 87 indivíduos. O índice é o menor registrado no Piauí desde o dia 03 de junho, quando a taxa de transmissibilidade girava em torno de 0,9.

A 8ª rodada de pesquisas com testes rápidos também busca elucidar a real taxa de infecção da covid-19 em municípios piauienses. A estimativa é de que o Estado possua 416.696 infectados, ou seja, 22 vezes mais do que as 19.158 notificações registradas pela Secretaria de Saúde no período do estudo. Assim, o Piauí teria 22 casos infectados para cada notificação oficial.

O estudo separou as pessoas infectadas em três tipos: as que se infectaram há mais tempo – pelo menos três semanas (IgM negativo e IgG positivo); as que pegaram o vírus não tão recente, mas há até três semanas (IgM e IgG positivos); e as que se infectaram recentemente – entre 7 e 14 dias (IgM positivo e IgG negativo). A pesquisa fez essa separação porque a contaminação é maior a partir dos que se infectaram mais recentemente, no caso o terceiro grupo.

Outra importante conclusão apresentada no novo relatório é de que a população que já foi exposta ao novo coronavírus e se recuperou tem aumentado em proporção maior do que os novos infectados. Os dados levantados pelo Instituto Amostragem apontam que cerca de 15% dos piauienses já foram expostos ao vírus, incluindo pessoas em isolamento social. “Assim, registra-se uma diminuição continuada de pessoas que estão suscetíveis à infecção”, explica o diretor do Instituto Amostragem, Batista Teles.

Ainda segundo o levantamento, entre os dias 27 e 30 de junho, o número de residentes no Piauí com características infectantes, ou seja, ainda com capacidade de transmitir o vírus para novas pessoas, era de 136.996, enquanto o número de imunizados era de 279.701 pessoas. De acordo com o relatório, o uso de máscaras, o distanciamento social, higienização das mãos, o aumento da testagem e o Programa Busca Ativa são fatores preponderantes para essa diminuição.

Batista Teles também comentou que a população possa estranhar o fato de a taxa de reprodução estar caindo enquanto os casos estão aumentando. “O que a taxa R0 mostra é que esse crescimento está em um ritmo menor. Ou seja, vamos ter mais casos nos próximos dias, mas aumentarão mais devagar. Isso, claro, se a população mantiver os cuidados recomendados pelas autoridades de saúde”, disse o diretor.

Nesta etapa, 4.014 testes e entrevistas foram feitos em 11 municípios (Parnaíba, Piripiri, Campo Maior, Teresina, Floriano, Oeiras, Picos, São Raimundo Nonato, Uruçuí, Corrente e Valença), chegando a 511 testes positivos. O Instituto Amostragem e a Sesapi realizam o Inquérito Soroepidemiológico desde o dia 25 de abril, quando começou a primeira rodada de pesquisas.

Segundo Wellington Dias, os resultados das pesquisas são fundamentais para a retomada das atividades com segurança. “Comemoro muito a redução da transmissibilidade, que é um ponto primordial para que a retomada seja possível. Destaco que as medidas mais restritivas do último fim de semana e dos quatro dias desta semana visam justamente essa diminuição, pois só dessa forma podemos flexibilizar. Junto a isso temos também a queda do número de pessoas que precisam ser internadas em razão de outras doenças respiratórias agudas graves, a ampliação de leitos que evitam o risco de colapso e a estabilização do número de óbitos. Tudo isso nos permite a reabertura de forma gradativa, controlada e segura”, afirmou o governador.

Veja a pesquisa

Veja o Inquérito Soroepidemiológico

Fonte: CCOM

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