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Valença do Piauí: Aposentados pagavam até R$ 600 por mês para vereador suspeito de estelionato, diz delegado

Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar, e apreendeu 536 carnês, cartões do Bolsa Família e documentos de beneficiários do INSS.

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A Polícia Civil investiga quantos beneficiários do INSS foram vítimas de estelionato em Valença do Piauí. Segundo o delegado Paulo Gregório, os aposentados denunciaram o vereador Raimundo Nonato Soares Lima, conhecido como Nonatin, como responsável pelo golpe e que chegavam a pagar até R$ 600 por mês ao parlamentar.

“A investigação surgiu após as vítimas procurarem o Ministério Público e denunciarem o vereador, que ele facilitava o recebimento do benefício e exigia uma quantia mensal como pagamento. Ele cobrava uma porcentagem de todos os clientes que conseguiam a aposentadoria ou auxílio do INSS. Os beneficiários chegavam a pagar de R$ 300 a R$ 600 por mês, em um prazo bem longo, em média dois anos”, explicou o delegado.

Documentos apreendidos na casa de vereador — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Documentos apreendidos na casa de vereador — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Diante da denúncia, a polícia solicitou busca e apreensão na casa e loja do vereador, e também na residência do funcionário dele, Miguel Fernandes. Nos locais foram apreendidos: 536 carnês, cartões do Bolsa Família e documentos de beneficiários do INSS, além de notas promissórias, lista da contabilidade dos pagamentos e carteiras de trabalho.

“Esses documentos comprovaram que as vítimas narravam e que a loja era usada de fachada apenas para os beneficiários pagarem os carnês. Os suspeitos vão responder pelo crime de estelionato e por usurpar benefício previdenciário de idoso”, disse o delegado Paulo Gregório, titular de Elesbão Veloso.

Foto: Divulgação/ Polícia Civil
Foto: Divulgação/ Polícia Civil

De acordo com o delegado, o próximo passo da investigação será ouvir os suspeitos e as testemunhas. A polícia fará um levantamento de toda a documentação apreendida e apura a participação de mais envolvidos.

“Não sabemos quantas pessoas foram vítimas e se há participação de funcionários do INSS, até porque temos muitos benefícios negados em Valença do Piauí e Picos”, revelou.

O advogado do vereador informou que o material apreendido pela polícia faz parte da empresa que o parlamentar tem há mais de 10 anos e presta serviços pagos de preparação e organização de documentos, por isso não existe crime algum de estelionato. A defesa informou que o vereador aguarda para prestar esclarecimentos.

G1 PI

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