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Donos de bar acusam policiais por espancamento e denunciam abuso de autoridade

Segundo o denunciante, um dos policiais teria chutado a barriga de sua esposa e, ao tentar defendê-la, foi espancado.

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Um homem identificado pelas iniciais D.V.S. procurou o Portal RiachãoNet para esclarecer fatos sobre o ocorrido do último domingo (06), por volta das 00h30, em um bar no centro de Picos.

Na matéria veiculada pelo RiachãoNet, conforme dados repassados pela PM, D.V.S. teria desacatado com palavras de baixo calão a policiais que passavam em frente à seu bar, na Travessa Joaquim da Luz, onde ocorrera uma seresta horas antes.

Com isso, os PMs desceram do carro e, após serem agredidos com um pedaço de madeira, além das ofensas verbais, deteram ao proprietário e a sua esposa por desacato.

Contudo, D.V.S. informou ao RiachãoNet que, em nenhum momento, desacatou aos policiais, mas que foi agredido por estes, assim como sua esposa, e que sua reação foi unicamente por ver sua mulher senda pisada e levando um chute na barriga.

“Nesse dia estava tendo uma seresta que teve início às 19h00. Ao fim da seresta, eu estava recolhendo o material – cadeira, mesa, garrafas de cerveja -, mas ainda tinha alguns clientes no bar. Chegaram duas viaturas da polícia, já chamando a todo mundo de vagabundo, já atirando, colocando o maior terror, o maior pânico em todo mundo. Eles pegaram um primo meu, jogaram ele no chão e pisaram nele. Parecia um campo de guerra, com spray de pimenta. Xingaram minha mulher de vagabunda. Começaram com palavras de baixo calão mesmo. Aí eles disseram que iam entrar dentro de casa, chutaram a porta, quebraram o guarda-roupa. No início minha mulher disse que eles não iam entrar, mas aí deram um chute no pé da barriga dela e disseram que ela estava com drogas, querendo pegar ‘nas partes dela’. Pegaram ela pelo cabelo e jogaram no chão. Aí reagi contra eles, porque minha mulher estava no chão. Eles pisotearam ela como se fosse um tapete”, relatou com detalhes.

D.V.S. disse ainda que seu impulso, ao ver a esposa sendo maltratada, foi o de reagir. Neste momento, os policiais o atacaram e ele começou a ser agredido também.

“Por causa disso eu comecei a reagir e não porque foram lá. O trabalho deles sendo uma rotina normal, qualquer um pode se conter. Mas agora vir para bagunçar, pôr o terror… Se fosse só comigo, eu deixava, mas eles a pisotearam. Isso é a maior das humilhações. Eles me levaram para o quintal da casa e me quebraram. Era minha mulher gritando lá fora e eu gritando lá dentro. Me deram uma coronhada na cabeça, me deram um murro, pisaram em meu pé, em meu pescoço. Eu achei isso revoltante, porque não se faz nem com um cachorro. O papel da polícia é dar voz de prisão, algemar e levar para o distrito”, pontuou.

O proprietário do bar disse ainda que a ação policial foi algo negativo para sua imagem e que a declaração de que o mesmo portava drogas em seu estabelecimento é inverídica.

“A nossa imagem lá está praticamente destruída. Pode até ser que em meu estabelecimento ainda venha algum cliente, mas fiquei no prejuízo. Eles vieram sem mandado nenhum. Antes dessa vinda deles, eles já haviam ido lá, levaram o cachorro e nada encontraram. Mas dessa vez foi demais. Sobre a acusação das drogas, elas não eram nossas. No período da festa tinha muito cliente. Em um estabelecimento anda todo tipo de cliente. Não posso me responsabilizar com o que os clientes andam, mas pelo que está dentro de minha casa, e eles acharam ela [a droga] na calçada. Não tenho nada a ver com o modo de viver dos clientes. Estou ali para tratar do mesmo modo qualquer que pessoa. Não estou ali para fazer acepção de pessoas, não. Da porta para fora, está ali para consumir, beber sua cerveja”, declarou.

Indignado, D.V.S. ressaltou que procurará seus direitos mediante a Justiça, pois possui provas sobre o abuso de autoridade dos policiais.

“Eles achavam que podiam fazer o que quisessem e que eu iria deixar de mão, mas dessa vez procurarei meus direitos, dentro da lei. Se há lei, se há justiça, acredito que vai ser feita, porque não tenho mulher minha para polícia ou seja lá quem for pisotear, bater, quebrar. Isso não é correto. O que eles fizeram não foi correto e tenho todas as provas cabíveis. Em um áudio eles me disseram que iam me fazer voltar para Teresina. Tenho áudio, fotos, vestígios de balas de borracha que eles atiraram dentro de casa, tenho as fotos do guarda-roupa que eles quebraram. Quem vai arcar com esse prejuízo? O Governo do Estado? Não vai!”, disse com revolta.

Considerando ser esta uma réplica dos fatos repassados pela Polícia Militar de Picos, o Portal RiachãoNet resguarda-se no dever de ter ouvido ambas as partes, e deixa o espaço aberto para quem ainda queira se pronunciar.

As imagens foram repassadas pela vítima.

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