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Morte de Emídio Reis foi encomendada há 4 meses por “venda de mandato”

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[ad#336×280]O delegado geral James Guerra, durante coletiva nesta sexta-feira(15), confirmou que existe uma organização criminosa que pratica vendas de mandatos na região de São Julião e ela seria a responsável pela morte de Emídio Reis. Foram expedidos seis mandados de prisão e cinco foram cumpridos, um ainda está foragido.

Segundo o delegado, uma das provas do inquérito é o depoimento de testemunhas que ouviram uma conversa, em uma reunião política realizada em novembro, onde foi acertada a morte do ex-vereador Emídio Reis. Ele disse que é um crime político, que um dos líderes é José Francimar Pereira.

“Foi negociado para o prefeito eleito ficar no cargo por dois anos e após renúncia assumir o vice. O vereador Emídio entrou com um processo pleiteando a cassação da chapa e havia a ameaça do vice não assumir a vaga de prefeito”, explicou James Guerra.

Prisões

Emídio Rocha
Emídio Rocha

Entre os presos está um armeiro que negociava armas, o motorista que abordou Emídio no dia do crime e dois executores de cidades próximas, que não teve os nomes revelados porque as investigações ainda estão em curso.

No povoado Mandacaru, município de São Julião, foram detidos Francimar Pereira, Joaquim  do Gabriel, “Leizinho” e João do Elízio.

Outros dois homens, identificados como Antônio Virgílio e Helvídio, foram presos em Alagoinha do Piauí, município vizinho a São Julião.

Segundo informações da família de Emídio, o Leizinho foi candidato a vereador no mesmo o ex-verador e depois passou a ser candidato de oposição. Ainda de acordo com a família, Leizinho e João de Elízio acompanham todo o velório de Emídio.

Há indícios de que um dos presos esteja envolvido com outras cinco mortes na região.

“Isca”

James Guerra informou que um motorista conhecido do ex-vereador Emídio Reis serviu de “isca” para que ele fosse rendido pela organização criminosa que atua na região de Picos. A declaração foi dada durante entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (15), na Delegacia Geral.

“Um motorista que ele conhecia o abordou e fez com que ele parasse o carro para uma conversa. Foi nesse momento que ele foi rendido pelos autores do crime”, explicou James. O delegado acrescentou que a morte de Emídio foi acordada em uma reunião que aconteceu em novembro de 2012, logo após o último pleito eleitoral.

Durante as investigações, a polícia descobriu que o grupo tinha apoio político e financeiro. “Eles tinham o braço armado, o braço político, o autor intelectual e o braço financeiro. Não há dúvida com relação as pessoas que foram presas. Agora vamos continuar as investigações para confirmar se há mais envolvidos”, destacou James.

Divisão de mandados

O delegado disse que é uma prática comum de divisão de mandados e o Emídio Reis era contrário a isso e essa ação que já tramita na Justiça e era um risco para o vice-prefeito não assumir.

O delegado informou que ele foi morto com dois tiros e a polícia ainda aguarda perícia que vai dizer se ele foi enterrado vivo.

James Guerra revelou que possivelmente o prefeito de São Julião, José Neci (PT), será ouvido no inquérito, mas não pode dar detalhes sobre isso já que o presidente do inquérito, delegado Lucci Keiko, ainda não chegou com os presos em Teresina. Com informações do Cidade Verde

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