Mulheres no poder: Xandú Neri é a segunda vice-prefeita eleita em Picos
Xandú afirmou que não estava esperando o convite, mas que suas experiências fizeram com que ela enfrentasse qualquer desafio.
A eleição de 2020 bateu recorde quando falado em candidaturas de mulheres em todo o país para cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Em Picos, a situação não foi diferente, mesmo tendo um pequeno número de eleitas, apenas duas na câmara de vereadores de um total de 15, teve uma eleita especial, Cecília Neri, conhecida como Xandú, vice-prefeita de Gil Paraibano.
Além de Xandú, apenas uma outra mulher já tinha estado nesse cargo, Leda Luz, eleita em 1970, como vice de Antônio de Barros Araújo, conhecido como Professor Antônio. Após 50 anos esse cargo passa a ser novamente de uma mulher, dando mais uma vez espaço a classe feminina.
Xandú é filha de Zé Neri, ex-prefeito de Picos. Formada em fisioterapia, já atuou na direção do Hospital Regional Justino Luz (HRJL), na Secretaria de Assistência Social, Saúde e Governo. Apesar de pouca experiência com cargos políticos, foi escolhida por Gil e Zé para compor a chapa ‘Unidos pelo trabalho e pela fé’.
A vice afirmou que não estava esperando o convite para esse cargo, mas que suas experiências a fizeram enfrentar qualquer desafio. “Apesar das cobranças e muitas vezes da descrença por sermos mulher, somos capazes de nos superar o tempo inteiro”, disse.
Assim, nota-se que a importância de ter uma mulher ocupando um cargo tão importante em uma cidade é justamente essa, mostrar a capacidade de se reinventar e vencer obstáculos, principalmente em ambientes majoritariamente masculinos, como é o caso da política. “A representatividade das mulheres na política picoense ainda acontece de forma tímida, seria muita pretensão minha dizer que estou inspirando outra mulheres, mas caso faça uma boa administração, me sentirei lisonjeada em servir de inspiração”, afirmou Cecília Neri.
Uma só mulher não muda a política, mas quando juntam várias, o desenvolvimento é certo, é preciso que ambos os gêneros pensem em políticas públicas voltadas para toda a população, e é com o gênero feminino criando voz que essa mudança irá acontecer. Pois o país vive em uma democracia e ela só se torna real quando todos podem fazer política.