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Moradores fecham acesso ao novo lixão do Valparaíso

Fiscal sanitário requisitado pelo Ministério Público constatou as irregulares no local que deveria ser um aterro sanitário

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Há anos a comunidade do povoado Valparaíso luta contra as irregularidades constatas no aterro sanitário de Picos. Por volta das 18h00 desta quarta-feira, 08, os moradores interditaram a entrada e os caminhões de coleta estão estacionados fora do local.

Entre as irregularidades apontadas estão o descarte irregular de resíduos, não uso da manta protetora, mau cheiro, infestação de insetos e queima constante dos resíduos.

Na manhã desta quinta-feira, 08, um fiscal da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), esteve no local após solicitação do Ministério Público.

“Estou aqui para saber como está sendo disposto o lixo na área de exposição final. Isso daqui é um lixão e funciona há muito tempo como um. Será realizado um relatório de inspeção que posteriormente será enviado para a promotoria de Picos”, disse o engenheiro civil e sanitarista, Urias Gonzaga do Nascimento.

Ainda de acordo com o engenheiro, o município deveria seguir o projeto e a determinação do plano de gerenciamento integrado de resíduos.

Moradores da comunidade acompanharam a visita do fiscal. Nossa reportagem esteve no local e pode constatar as condições insalubres do aterro como montanhas de lixo amontoadas a céu aberto, insetos, restos de animais, urubus e mau cheiro.

“O lixão é uma disposição que condenamos, dessa forma pode causar todo os tipos de danos que se podem imaginar. O lixo é algo homogêneo, não se sabe o que se tem dentro. Ele está a céu aberto e sendo queimado, causando danos nas formas físicas, liquidas e aéreas “, explicou Urias.

A presidente da Associação de Moradores do Povoado Val Paraíso, Rosilene Moura, afirmou que a entrada continuará obstruída ate que o município tome medidas urgentes acerca das irregularidades.

“De acordo com o fiscal é preciso abrir uma nova vala, jogar esse lixo e trabalhar esse outro que está aí a céu aberto há mais de anos. Nosso principal receio é que o lençol freático seja prejudicado, nós que bebemos água do poço seremos os maiores prejudicados. Nada que a prefeitura nos disse foi cumprido. Estamos aqui lutando pela nossa comunidade”, disse a presidente.

Rosilene afirmou que os moradores estão unidos e irão em comissão ao Ministério Público para fazer valer os seus direitos.

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