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ExposedPicos: Qual o resultado das investigações após seis meses?

A Redação do Portal RiachãoNet buscou ouvir alunas que sofreram com a situação e saber como elas se sentem após seis meses de exposição.

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Por Cecília Matos com colaboração de João Pedro Nunes.

No final do mês de maio do ano passado (2020), as redes sociais, em especial o Twitter, se voltaram para um importante debate de nível nacional, o assédio sexual, mas dessa vez de uma forma mais específica. A hashtag intitulada como #exposed seguida do nome da cidade, expôs homens, principalmente professores, que usavam da sua posição para assediar e constranger mulheres.

Em Picos, a hashtag ficou conhecida como #exposedpicos e cresceu rapidamente, chegando a ser citada no Fantástico, programa que passa aos domingos na Rede Globo, dando voz a diversas jovens que a tempos sofriam por meio de palavras, perseguições, manipulações e até mesmo casos mais graves.

Assista a reportagem completa abaixo:

Assista a matéria completa no link.

Após seis meses de exposição, o que aconteceu?

A Redação do Portal RiachãoNet buscou ouvir alunas que sofreram com a situação e saber como elas se sentem após seis meses de exposição, o que mudou e como elas se sentiram ao falar aquilo que a muito tempo estava sendo escondido. Como também, foi entrevistado diretores dos colégios envolvidos nas denúncias para saber qual a postura obtida por cada um diante de um assunto tão grave.

O Colégio São Judas Tadeu foi um dos primeiros a se pronunciar, pois teve casos tanto na filial em Picos, como na Capital Teresina. Segundo o diretor Daniel Bonfim, a primeira medida tomada foi chamar os professores, alunos e familiares para esclarecer o ocorrido e após a avaliação dos casos, três professores foram demitidos em Picos e cinco em Teresina.

Para a prevenção de casos, o colégio adotou uma série de medidas, como um aplicativo como canal de denúncia e aulas com o setor de psicologia para tratar sobre o assunto.

Essas mesmas medidas também foram tomadas por o Colégio Machado de Assis, que também teve professores acusados, e segundo o diretor, Francisco Machado, foi além, pois já começou uma série de ações, que teve início no último dia 25 de novembro com uma palestra voltada para professores de toda cidade sobre abuso sexual contra crianças e adolescentes.

Foto: Reprodução/ Colégio Machado de Assis.

Além de palestras de conscientização, a escola também ofereceu apoio psicológico para as vítimas e fez quatro demissões de professores envolvidos mediante as provas que os alunos apresentaram, como prints de conversas nas redes sociais.

Assim como os dois colégios citados anteriormente, o São Lucas entrou com um processo administrativo contra quatro professores e ao final do afastamento, foram demitidos. Segundo a diretora, Ana Maria de Sousa, também foi disponibilizado apoio psicológico, mas as alunas não aceitaram.

Já a diretora do colégio Santa Rita, Maria Rita, quando procurada, se recusou a falar do caso, assim como a Irmã Ana Teresa, do Instituto Monsenhor Hipólito, que preferiu não se pronunciar por tratar-se de assuntos jurídicos.

Entramos em contato também com Joice Yara, advogada e uma das líderes do movimento. Para ela, o problema dos casos de assédio são a falta de provas, pois a maioria acontece de forma direta, através de palavras e toques inapropriados. “É preciso que tenha palestras nas escolas orientando o aluno sobre a produção de provas e a identificação de quando é assédio”, afirmou a advogada.

Ao falarmos com a delegada titular da Delegacia da Mulher, Ana Patrícia Rufino, ela nos disse que os inquéritos já estavam concluídos e foram encaminhados para o fórum.

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