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Moradores de Francisco Santos reclamam por falta de água há três meses

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Moradoras do município de Francisco Santos procuraram o Portal RiachãoNet para denunciar o precário abastecimento de água na cidade. Segundo eles, há três meses a população tem sofrido com o pouco, ou nenhum, consumo de água.

Para não sofrerem represálias, não identificaremos as duas entrevistadas.

Água potável

“Aqui na minha casa estamos sofrendo com a falta absoluta de água há um bom tempo. Já liguei para Teresina por duas vezes, já entrei em contato com a ouvidoria, e nada aconteceu. Aqui nunca tivemos muita água, mas pelo menos aparávamos e passávamos o dia com água para nossas tarefas. No último mês não tem tido mais é de jeito nenhum”, disse uma das moradoras de Francisco Santos.

Ela informou que procurou os funcionários da Agespisa no município, mas não foi bem atendida. Alegou ter entrado em contato até mesmo com a ouvidoria, mas nada foi feito. Apela para que as autoridades olhem para os munícipes e façam algo.

Moradores abastecem residências com carro-pipa

“Eu fui no escritório da Agespisa daqui e quando reclamei, o pessoal estava era destratando a gente. Há ruas em que há rodízio de água – dia sim e outro não –, mas aqui, na minha casa, estamos com um mês sem água. Tenho uma criança especial. Estamos vivendo sem tomar banho, lavando roupa na casa dos outros. Quero, pelo menos, entrar no sistema de rodízio. As autoridades, o prefeito, alguém tem que fazer alguma coisa. Não está mais dando para aguentar. Será que eu serei obrigada a sair da casa?”, apelou.

Uma outra residente de Francisco Santos disse que, além de ter que comprarem água de carros-pipa, os moradores ainda têm que pagar o talão da Agespisa, mesmo com abastecimento reduzido ou sem nenhum.

“Aqui todo mundo da cidade está reclamando. A falta de água está muito grande. Há casas que estão com mais de três meses que não pingou uma gota d’água, e o talão você tem que pagar de todo jeito. Está uma coisa absurda. O povo não aguenta mais e quando a gente vai reclamar, eles só dizem que vai melhorar. E nunca melhora. Tem um rapaz aqui que coloca água e ele cobra R$ 200,00 a carrada de água e muita gente tem pago essa carrada de água, caminhão pipa para encher as cisternas que têm na calçada de casa, e ainda tem que pagar o talão”, explicou indignada.

Segundo ela, para amenizar a situação caótica em que a cidade tem vivido, o prefeito chegou a ceder alguns poços à Agespisa, mas não houve melhoria.

O Portal RiachãoNet entrou em contato com o diretor regional da Agespisa de Picos, Francisco das Chagas Ferreira Sobrinho, e ele explicou que o problema persiste apenas no período de seca – BR-O-BRO – e em residências localizadas em pontos altos da cidade.

Francisco das Chagas Ferreira Sobrinho, diretor regional da Agespisa (Foto: Jaqueline Figueredo)

“O problema de lá sempre existiu nesse período quente, mas não é na cidade inteira. Lá são mais de 2.000 ligações e o problema existe em cerca de 40 a 50 casas. Essas casas de ponta de rua e da parte alta, realmente, todos os anos sofrem. Só se consegue colocar água lá na madrugada. Na semana passada piorou porque passamos três dias com os poços desligados por conta de energia. Aí acabou de complicar. Mas a cidade em si tem água. O problema não chega a 60 casas. Esse é um problema antigo, desde que entrei na Agespisa”, explicou o diretor regional da Agespisa.

Chagas Sobrinho pontuou que estão sendo analisadas algumas opções para que o problema seja solucionado o mais rápido possível.

“Para tentar amenizar o problema, estamos fazendo um remanejamento onde desligamos o registro para que a parte baixa não receba água por um tempo e, assim, a caixa d’água possa encher e dê um impulso para poder chegar na parte alta. As casas lá ficam acima da altura da caixa, o que torna esse abastecimento um problema. Estamos estudando outro tipo de solução para esse problema lá. Tem que ser outro meio, porque o abastecimento por meio de poços nunca vai alcançar e resolver a situação”, disse.

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