APPM orienta prefeitos a processarem antecessores
[ad#336×280]Cerca de 50 prefeitos piauienses estão tendo dificuldades em administrar seus municípios por contas das dívidas e outras irregularidades deixadas pelas gestões anteriores. Alguns deles chegaram a decretar estado de emergência nos municípios. O presidente da APPM (Associação Piaui-ense de Municípios), Arinaldo Leal (PSB), informou que a maioria dos gestores estão impossibilitados de gerir a prefeitura porque a encontraram com diversos problemas.
Arinaldo Leal está orientando os prefeitos que assumiram o mandato em 1º de janeiro a entrar com ações na Justiça contra os antecessores que deixaram os municípios sucateados, para que sejam respon-sabilizados civil e penalmente. Segundo ele, há prefeitos que nem estão nomeando secretários para não gerar novas despesas para os municípios. Os entraves mais agravantes foram o sucateamento da administração, corte de energia, atraso nos salários, pagamentos irregulares, dentre outros.
O presidente da Associação informou que não sabia especificar todos os problemas, mas ressaltou que as dificuldades são diversas. “Tem prefeito despachando em praça pública”, observou. Diante da situação das prefeituras, Arinaldo Leal disse que continua a aconselhar os prefeitos a diminuírem a quantidade de contratados e reduzir os gastos. “Esta seria uma solução para diminuir a folha de pagamento”, explicou.
Ainda de acordo com ele, outro conselho da própria APPM é que os prefeitos não assumam os gastos. “Eles precisam recorrer à Justiça”, disse. Seguindo o conselho do presidente da APPM, o prefeito de Cocal da Estação, Rubens Vieira (PSDB), informou que vai entrar na Justiça contra o antigo gestor do município, Fernando Sales (PSB). Ele o acusa de ter cometido diversos crimes, inclusive de responsabilidade, improbidade administrativa e infração a lei de responsabilidade fiscal.
O prefeito de Nossa Senhora de Nazaré, José Henrique de Oliveira Alves (PTdoB), disse que a medida adotada foi a redução total dos gastos. “Só empossamos três secretários, o de Saúde, Educação e de Assistência Social. Por enquanto vão ficar só estes, pois não temos dinheiro para arcar com mais contratações”, disse José Henrique.
Diário do Povo